Revista da Academia Paraense de Letras 1952
r • •· R.EVISl'h Dh hChDEMih PhRAENSE DE LETRAS Para leste orientada, em face encara o nascente, de onde lhe envia a Alvorada um beijo róseo-nitente em cada raio de Sol. A noite, a Lua de prata fios de pér'las desata por entre a flóridA ma ta onde dorme o róux inol . _Ao Oiapoque, o guiano, v;i,o seus solos 1narginais . que se prolongam. no plano das divisas boreais. em serras em alcanlil. A Oeste. vastas camp;nas. amplo tapiz de boninas, com pingues raças bovinas, riquezas e encantos mH. Por atalaia gjgante ou por sinal de defesa. do granito mais possa nte levanta uma fortaleza · negras muralhas ao sul. Outrora, adornadas de aço. faziam troar o espaço dos canhões _seu co' o fracasso, no vasto horizonte azul. Outrora quando ascendia sôbre aquela grimpa ingente, entre os sons da artilharia o pendão aurifulgente, o auri-verde pavilhão : trajava a cidade inteira, 11lva roupagem faceira, pela . data brasileira, ou festa de devo~âo. Então. que alegre não era vêr-sc o lêdo rodopio. em manhãs de prima vera ou nas tardinhas do estio, de um povo em festa a folgar : moças com laços de cores, raparigas com mil flores. rapazes buscando nmores. .. tudo era rir e brincar 1 Hoje . .. lã jaz o colosso quase em total abandono, formando quase um destroço na triste mudez do sono do desprezo mais cruel . :t coneção de soldados ; é presídio de forçados ; é terror ·de condenados ; de criminosos, quartel. Hoje o bronze já n ão salva da galharda bateria, quer assome a Estrela d'Alva, quer venha a findar o rua. Não fosse a Juta fera! do Rio-mar co' a procela, ou os brados da sentinela quando. acaso, :\ noite vela. tõra tudo em paz morta 1. . , f • t t ♦ • • t ♦ e e e t e f • t t t f t t t t t t f I t t t, t I t t t I t 79 1 t 1
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