Revista da Academia Paraense de Letras 1952

tlO REVlS'l'A OA ACAD!s,.ICA PARAENS.8 DE LE'PHAS Este r il ce ticismo eu te detesto c·o a progenie fatal - o desespero arman do o braço ao pálido su icida ! e como és doce e grave e como estilas a cada chaga um balsamo, ó celeste filha d e De us, religião bendita ! Só tú mostras o fim do exílio ing1·ato,. e quando o corpo aos tratos nos suc umbe, além do céu, onde fulgaram astros, ão Trono do Senhor o esp l.rito' exaltas 1 Amou. F ez do seu :imor o seu ideal. Criou-o em imaginação , c~'!lpreen– dia-o como uma força imanen te do seu eu, como uma centelha de divindade. Até q ue um dia o seu amor trans figurou-se, torna ndo-se )-eal. E era um extase, uma adoração . An1ei ! mas de min.h!alma o incenso pur o não profanei aos pés de icjolos tor pes, cobertos de européis q ue o gozo vendem, no d elírio de orgias deslumbrantes. Na corola da flor mora o perfume guardado, como em nitida caçoila a té que o leve a brisa, ou sugue abelhas : Asshu n1eu coração guardou consigo o bálsamo do am ór, até que um dia a luz do lar em ondas se expandisse . Ca ntou - d esde a infâ ncia des cuidada, exaltou cm quadros imponentes, a Na t ureza, a te r ra em que nasceu ; as alvoradqs diafanas, os crepusculos v iolentos; os seus sonhos, todo um mundo de aspirações que tumultuavam no seu se r . E o seu ca n to tinha_a suavidade dos psalmos, a sere nidade dos céus azulados, a deli– cadeza dos arm mhos, a pureza das .flores . Cantei ! - da na tureza as harmonias, o amõr da pá tr ia, os feitos da virtude as paixões de mancebo em bra ndos c~rmes nas cordas de minha harpa se exala vam. Mas os tredos acentos da mentira e da volupia os filtr os ve nenosos nunca os dera a beber em moles versos à minha pobre musa ... E eis ai, senhores, o poeta que sofreu tormentos de todas as dores, q ue pre– Jibou a doçura de um gra nde a mor e subUmou nos seus versos o vicln Qlla cote• sentimentos t ão contrários e opostos lhe criAram, com a f(, indc,•roc" vcl no tn,ul•• ln " '' E)eni, !,('llJ <j UI; l he ex pJorllS~C'm dn n ltttu e du """º a multllcf." , a • cvutta e a des– crença Q ue POll't.: Cl\ll'l' núR, llC'~I(• lflOt)lnnlo , lllll !flll' 11 gludllcamos. u s u" nlma pu– , 1l1C•1Hl,1 J)l'ln dor 1• 1w lu OIJlUI', (!Ut! suLllH.! en con l rnr " " 1·,•eiu nn<;iou ,. " " li· " ,.,. J'ugio por o 3 S suas :ingu stius e, nin()o c·omn u1T1 l huui11nd11. 1·'4JH·H11, u 11 H•·ur.·u c o u – t rn truJot•u d,, vt•r Hu t-t 11111>1 l olr , <•un,t, 11111 t. 1 , ll111ulo 111u 11 vlvt.!1010:-, t'Om f)J'J '''H'fH•,,t~fj f('P lvlu• th,,. l 'H11•... 1 l de 1-t,u1d ut.lu . '

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