Revista da Academia Paraense de Letras 1952

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DJ,: LETRAS Aquõle homem alto ... quando veio trouxe consigo all!emas dum ansei com· q ue pre ndS?U as mãos da minh ~- . . /\quélc homem alto. rle olhos fundo ~~ olhos oue for,im o;ira m im ~!ois_ mun ~ :;/~ uc pc rdic;ão ... Pns•n11 .. ,..,que, perdi ,~ - :-: _ 'E al!ora c.stou nei,ta ianela . à c-•!'ut,i. ~ cnrn 111n nome frnnrês de oros-t tluta. rnm o vrtlcw rlas CC'lit:as ~cm valor . .. -Passam homens " homens na calçada .. . -.:'. a ronda da c11rnc ! . . . Estou cansarla .. . Ba'ir.u:-o de mulher que j!i foi -flôr ! . .. Por que vieste ? Ah ! «im ... E u t~ cha!nei;. . . /Psiu ! Vem cá 1••• ) Pnr que ? Na~ .s<:1. nao i;c, ... Por h ábito. talvez... Talvez por v1c10 ... E tu entraste, e eu como uma louca. em vez do logo te entrol!ar a h oca. a to mosb-nr a cor ao meti cilicio . Se estou chorando ? . . . Não ! . . Estou s or r:inrlo .. . Queres aue acenda a luz? . . O a uarto é lmdo ? . . . Eu sou linda também ? . . . Bondade t ua ! . . . N5o I Fico como estQu. neste à vontade .. . O cox,po da mulher é uma verdade que poucas vezes deve dar-se nua ! " 47 /\ civilizn~•ão pode desumani7~~r-se à vontadi:,. _Mas a ,u-te sempre l,á d e J)Hfrar a,•imn de tuôo . E. para ianto. hastn s ubs1~ti r. !:'º âm;ii,n de r1osso mundo intC'rinr, eomo r.arant1a ele eter111dade da e•noçao. a beleza da alma oJcandornnclo-sc pora o amor. Sustentáculo da famíHa. csendo dn verdade. o amor será sempre a fonte de ti\da arte perfeita e de ti\da gr,mdeza mornl. Aprnns uma drRcrrnçt1. ~e i11stificou cn, todos os inc;tflnfes. É a dc~– crem:n do nrLista. P orque éle sc,mpre cria antes de acreditar. Niio pensa no a manha, porque, seus olhos nnssa.~ "º li_mite <!-os infinitos. Niio ali~enta so,~l~os ele etc,r– nidn<le. porque seu espi.r1to pl'llra ac11na dn mundo restrito das coisas banais. Hfl n:a alma de todo artista o infinito ela imagina<;-ão. E a mulhe r, sempre e sempre. glorificará um nome e a arte elês te con!;cqucntc . Seu nome nrio interessa. porque sempr e elo há de expressar o conjunto de lôd:i~ :,s brlcz11s e ele tôdas as possibilidades emocionais. Mimi, O;,ma dos c,unélias, Ladice 011 D>ssildn. tenha no PMS11do a mnnC'ha de ê rros irrefleti– dos 011 no cornc;iio o arrepc-nrlimonto de loucur,is: e ln h :\ de sobrepu,iar-se a si prbpri,i. num ('sfArço empolgante ele viver acimn dus abjeções objetivas e imortalizar um destino . UM HINO bE SAUDADE Meus •cnhorcs : Eis o que trago de m im mesmo no dia cm que p e netro nesta Casa. onde a arte é crença e o espírito virtude. Eu poderia considerar. numa apreciac;iio concludente do rato o dia de hoje o maior de minha vida. E per gunto de mim paro mim: penétro no Se– nado das Letras atinr,indo em plena mocidade o último pôsto na estrada da Htera!ur'! ? a consci~ncii1 _me responde ner-~tivamente. E verifico que. êste d ia nao e o_ da v1t6nn e sim o da advertência. O penetrar neste nobre S1J_oge11. por onde JA passaram os <:xpoentcs dn Arte, não me significo, a rrnn1. Jmor– talldadc. Crescer ~empre L' fa2C'r n arte l'rescrr com o notso espírito é -i vcrc'in– dcm, conqui~ta da imorlalidadq. P icar na _saud.arle dos riue nos J~rem, viVL'l' <cmpre e sempre como certc,a de cxprcssno de vel'dadc na an.l(úsha ou na alC'l!ria dos que nos procuram, no silêncio das horas de recolhimento, ckvn– iando nossos livros. b uscando neles bálsamos, consô!o. cspernnça e vida. tam– hém é uma forma de imorfalidadc. A mais emocional . scnfto pcrfcit.i para a nossa glória, é 11 de ficar C'ternamcn(e \-ivendQ na lembranca " na Sntl'l:ldC' dC' u·n n111lher, que foi n Ia -~o dl' nossa r.rle <' cl:i :ilúrin do n osso cRpírito, t c nh:i ela a bel<'Za pug:, nns lõr111n,· nu:i~ nu 1 nohrc-za lk ,:cntir11l•nlos quP sumente nós e ncontramos e a nMsn arte revelou n eln mesm:i \ 1 \

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