Revista da Academia Paraense de Letras 1952
REVIS'l'A bA ,\CAl)EMIA .E'ARAENSE DE LETRAS so nhos d e felicida de a lama d e uns êrros irrefletidos, diz Costala t. ent(io a lite– ratura é a vida, é a mocidade e é a beleza. TITO FRANCO DE ALi\llEIDA E sen h ores, a cade ira n. 38, pa ra a qua l f ui eleito pelos ilustres mem – b r os d esta A cademia, tem como patr ono um jorna lista çrue também foi poeta - T ito Franco de A lmeida - e o seu ú ltimo ocupan te, Osvaldo Orico, foi jor– nalis ta. é poeta. é romancista e e "conteur · . Tito Franco, como jo rnalista, foi d e uma erudição a ssimilá ve l. S ua p ena sempre esteve a serviç o das causas nob r es e sua palavra. fluente e a rre ba– tadora, tinha a tona lidade ·empo lgante da cor agem conscie n te que se apoia na razão e n a justiça para defende r uma vl!rdade . Assur, foi . na célebre q uestão religiosa, provocada p eJo bis po d e Olinda. secunda do no Pará por D . An tônio de Macedo Costa . Nessa época. que se este ndeu de 1873 a 1876, Tito F r anco foi como q ue "o es p ,r ito• mod e rno q ue cont in ua va a sonha,· com a libe rd ade. E isso se evide n ciou d e maneira a dmirável, q uando se iniciou no Brasil a cum– panha human íssima d a libertação dos negros. T ito F ra rtco re velou-se aí o ch: monstração de a rte . idea lis ta su pe rio r , intrans igente na s suas co nvicções. E mais : o jor na lis t:i t3mbé m e ra tribu no . E c om a pena e com ·a palavr a. a1·dorosame n te , d e le ndeu o inde pcndéncia d os escr;,.vos. E a o la do d e Domingos Raio! (Ba ruo <.lc Gua– j a r:,J, José da Ga m a e Abre u, J osé Ver iss,mo. Juvenal 'fnva r es. Júlio Ccz;ir, F rederico Rhossat·d, Mig ue l Lúcio, Camilo Sa,gad o, Inácio Moul'O, Puulinu d e Brito e out'ros. ê)e incendiavo, coJTl a sua palavru. arre batndora e S:ua peno d e pole m ista foi·mi<.l:'lvel, as senzalas, levando a escuridão dos e ngen hos a luz sa lvadora de um d tr e ito d iv ino - " L iberdade, a Liberdade que, em último an:ílise, é a p r ópria a lma ela dignidade 11umana . ' 1,'oi Tito Fra nco d e Almeida q uem, no P arlamento Imperü,l, lutou peln abertu ra d o Rió Am a zóna~ a lod~& as noções do mundo o qu.: .se me afig ura ~uficiente para evidenciar. o g ráu de seu pa trio tismo e d e profundo conhecedor de nossas n ecessidades económicas. O patrono d a ca deira que m inha 1nocidade vem hoJe assumir, ne~ta fes lo que pe rtence m a is à etnoção de m i nila aln1a do que pruprian1~nte ao l?spu·lto satist ci,o d a conquista alcançada, per tenceu a u111a dus ma is ur, lliantes g<:ra- 1;óes que o Pará Já p ossui u e que levantou bem a lto. pelo J0 rnol, pe lo Jjvrn e pe la pa ta v ta, os nos~os foros d e poyo cu lto . Quand o, a 27 d e novembro de 1894, Nativid ade Lima, Leopoldo Sousa e G u tlherme de l\11.iranda pe nsaram cm decidir do f uturo da nossa cole tivid ade literária, 'l'ito F ranco f oi e leito, Juntamente com L a uro · Sodré, Se r zeclelo Corrê a , P a is d e Car valho, Américo Santa Rosa e Bar ão d e Guajarit, sócio hono– r ário de "Minas Literária" , a mais e n tusiosta e per feita sociedad e cultural q uo a história da literatu ra pa rac nse conhece . r\llonarq:Jibta 1ntra,1sig~nt~. 1norrcu mon~rquh;t u a 17 de fevere iro de J 899 . Como J u r isconsulto. hotirou a j us tiça e o direilo. Seus livros "A Ig reja no Estado·•, publicado com o pseudônnno d e o " Ca nonista", "Biografia do Conselhe iro Furtado" e o que p ublicou sõbre a qucstao d o Amapá, ulém d e rnúltiplos e studos esparsos d e literatura. jurispr udcttc1a e pohtica imperia lis ta - colocaram 'lito rrancu no galena dos mais notáveis vultos o o P:1ru e do Bras il inte tro, q ue o !ldmH·a va e d is ting uia. Con10 todo hon1en1 de :-.en~it:,i11dade Yiv1-1, o pulrono de 111ir'lha cadeira tainhl:n1 i oi poeta. O soneto ..v'a1" .tno.- tra-nuo bc1n uni t•sL.1dC> de .sua ulntn d e e lellO natu ralmente ator mentacto por um clcscn(l.1110 e frtLe111lo clesle u m 1n0Uvo d~ uov:.,~ espcrançc1s para u conquistu da u.dictdadc H.ió !len1b r ~1no-lo : "Par:.i o ngit::iclo amor faces voltadas. todo e tnbP·bido c 1n Jungu,do conlurlo, pnrte,;. Buscas de novo o ,11esmo porto trav<,A do luz d:is mesmas a lvornd,c,. Notn que o 11101, comô ::i J csús, lá no Tior to, :1nda ::1 cspial'..Le e a cbcgur. Dores (•e1 rad.:11 co,no o utros ta ntas lâminas d e espad as h :io d e cer to deixar-te o utra v"z morto, . , ~e és, Coração, d os Corações capaz<:s, de coragens, de cóle ras a udazes, vai, Coração, apressa o p asso, corre ... Que impor ta a morte a léU1 te ai:uardc, l'Cr ln ? V,n novo mun d o d e iluFvea d csp<:l'ln em cudn mundo d e ilu~õe• q uP morre ... " .,
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