Revista da Academia Paraense de Letras 1952
REVISTA DA ACADE~ilA PARAENSE DE LETRÁS 39 E ntre a volumosa bagagem liter ária de Ernani Vieira , conheço ape12as vinte e poucas obras. " Ritornelos" , publicada em 1919. " O P assaporte dos Navegantes" - 1922 "Homenagem" - 1926 "Barquinhos de Papél'' - idem "Azas Gloriosas" - idem "De Picareta e P á" - 1928 ·'Dona li'ilosofia" - idem "Ba ndurra" - 1929 ..Dona Cidade" - ideni. " O Livr o D ' Elas" - idem "Terezinha'' - idem "Para Você" - idem "Nodoas de Luz e L ama" - idem "Taça de Fél" - idem "Cano de Esgoto" - idem "Sama úmó" - idem "Boré-Baré - idem "Casa de Opio" - idem "Iza" (Rom ance) - idem "Poema dos Canoeh-os do Par á" - 19 3!! "Pul'r ibn di Muó" (Comédon ) em l ato "Sau gue P or t ugues" l D1·:11n a em 3 a tos, 1926), cuja estreia foi interrom– pida. no 1. 0 a to, a 24 de j ulho dêsse ano qua ndo est ava sendo representado n o '1'ealr? du Paz, p,;ln n o ticia do levan te do 26-B IC. q ue se insu rgir a contra a L egahdade . Nes~a mesma noite, seu pai Ar túnio Vieira, profe r ia uma confe– r-,11cia na sede da Uniilo Esp iritn Par aen se, onde sómente depois da sessão chega1·a a noticio do motim. l:! após dulol'OhOh pudt:t'1n1.e nloH que o pri var am, pelo esp aço de 25 onos, tio couchego c.Ja f.::inlilia e do cunlâclo pessoal d e seuH un1i~os, so litá tio o resig– nado, recolhido a uma casinha pobre, sita :i T ravessa L omns ValerÍti na, desta cidade, às 23,35 horas do llia 20 de 11111io de 1938, velo u falecer Ernani Vieira, o op1·~ciadú vete a n1nzonc usc. Ue ix ahdo pais e ir1nãos cons ternados e inconso – láveis e <:=nlutando as letras da terra verde q ue ê le te nto ca ntoll co m a pure za l 1 e verencial de suas rimas, as quais não se deix aram escravizar pela voracidade da predestinnçiio dissolvente, No corpo de Ernani Vieira, como no de Xc no– c rates, o espírito podia m ai~. Quunlu 1-n ub: He ntlens ~m e t;C nvoluma1n as nebulosas do te mpo, a inda nta is lo nge d u le n,bra nçu vã o I lcar,do ~s~e s po b re s e injuriad os Ii.ip6Ht.os. v itl– mas cios Tesc us q ue por ui g1·av1tam, r ondando, excita ndo contra os eleitos a cólc,·a de Netuno e u sombra do de~caso, à feição do monstro )n a r lnho, apavo– ra ndo-lhes os corce1s cto c~,rrn do 'l'riun l'o e arrastando-os ao despenhadeiro do l•:•1qut•ci tn<.•n lo Mus. o cuvilo!iu cettu d os q,uchru.d o r eh dt• ln1u.i;cu~, dcuap u1·ccldo no s(•culo IX, m c.;mo 4uo os ,.,;u, c,Jcitos maiéfi.:os estejam influindo de ntro do sêculo XX, na u cot1seguirão destr uir o cu lto que a h umanidade, com amor _e respeito. continuo prestando aos G randes Santos e à memória dos que, aq u1- n houc.los com "'"º purt1c ula d as 100 gron,as de sal;>edor ia que Deus destinou no Home 1n, nn l t.:.1·ru, prepnron1 co111 <:s rbrç o pr6p1·io o s uo tu m ln os n asccnção p~ra a Imortalidade . 1,;Jevcmos, poiB, car íssimos r onlrRdes, no anfÍlea tro espiritual desta Aca– dem ,::i. à ,,,a ncir:i da le11llo uc Mernnon - a est átua d e Emani Vlelra, par a 4LH. , .. o e'-1lo1· c-10 11 11 u ,:, {keTIAÇúO (.• aot. primeiros r ai os das a lv oradas g-uaj a– r 1nas O e t:tn.) d o tJL1n1CJf ObO VOU! Cot'ltlt1UC P J oduztJ\dO tiOllb l ,urm on\OdO:J, -,u u – dnndo n citlade 4ue d e er-.Jeitou de mad r iga.s - a formosa cidade de Santa r,1ar,n ae Belém do Gram P a rá .
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