Revista da Academia Paraense de Letras 1952
.. 4 REVISTA DA ACADEMIA PARI\ENSE DE LETRAS Um ou dois anos antes de fechar os olhos para o rlerraclciru sono, anu11c iara1n os joronis que êlc jnvcntara vn1 ca licida 1niraculoso . Era o úllitno arranco do leão alquebrado. em luta desigual com o rlcscon(ôrto irremediáve l. Sorri com pena d ésse infeliz, que o destino escouceava tão àsperamente em todos os redutos, com pressa de escondê-lo no seio de um!l sepultura ras a para a decompos ição final. Antes. porém. deu-lhe a beber a lia do seu calice de amargu ra na celQ de uma cadeia. de onde o vi sair com as pernas bamhas . a ahna mo rta, o coração quase parndo, para acnbar no catre dutn ho:,pital de caridade. Es tá aqui dia nte de mim o seu cart:io de dcspcd1dà, dias a ntes de tomar o esquiie para a última ,jornada . A le tra é lrêmula e n tinta descolorida : '"Ajnda bem, Paulo. que estou prestes r1 o.cé\ l) 1-1r de apodrecer nu Lc yo da vicio o r ous11lbo cio• inlquldudcll e du• hnprcvlsL;:u; decepções ele mundo es tá cheio. Guarde-se você, meu amigo, con(rn oa uusollos Illbustclro ... " 1nort.e. IJIIC O d êste
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