Revista da Academia Paraense de Letras 1952
F~=--========= ~ = 1 l!.1::VlSTA DA J\ CADl::MI A P ARAENS E DE LETRAS 37 Assim, o malogrado bardo, no livro "Para Você", fizera do pletr o o seu elmo de aço, nest a emoti.va BALADA CAVALHEIRESCA DA NOBREZA Es tende os olhos ante o Nada que a Vida en cPr'ra e q ue p arece Tudo, - n a Júgrima velado que n os te us olhos estremece. Vai p ara a Vida, - e~sa â nsia lêda ou v ã, quimera e esfôrço vão, mas leva versos de ouro e seda para que te ouçam a Ca nção. Sê Caval heiro na Cruzada bra nca do L :'lgr ima, - que cresce à proporção que a Ans ia 'Hwnanada vive do Anát ema e da Prece. Vai para a Vida , essa que enreda o E u que é valente ou que é vilão, mas leva versos d e ouro e seda para que te ouçam a Canção. Jura, de joelhoo, sõbre a espada e s6bre a cruz, o olhar em prece, salvar a turba desgarrada que niío tem fé e que padece. Vai para a Vida, a vida treda da tua simples emoção, mas leva versos de ·ouro e seda - para que te ouçam a C:m ção. ARREMATE: Poeta : o prestígio d a Balada est:\ na Vidn que te enreda, do teu bom sens o na razão. Vai, pois, assim, de olrna enlevado mos leva versos de ouro e seda - para que te ouçam a Canção. Rememora ndo o periodo de sua adolescência tão pobre de glórias e tão rica de es pe ranças, confrontundo-o com o tempo em que o tato j ã lhe fugia dos dedos e o~ pés j ú se encn1ninhnvnn1 para o irren, edi:ivel, escrevera no Hv ro "Dona Filosofia", sua profunda HISTóRIA •. Eu 11ão sabia que a tração amena essa do S61 a se esvair em c hamas, toda~ as ta rdes. pela mesma cena, - t odas as ta rdes, pura o mesmo Dram:1. E u náo amava. E ::, Natureza. plena dessa r.rande ilus:10 que nos inCJama, se cott1prnr.io e1n r epetir , ser ena, e t rngl>dlo ::, Oocor \Vllde, de quem ama . .. Todas as ta rdes, S:1lomé egoísta. ma,1dsvo à Noit~. em fl'e nesls felinos, decepar a cobe,;a do Balista . E só hoje é que cu vejo, de olhos rasos, a Ve rdade de todos os destinos - na Mentira de t odos os ocasos . . N~ m ês de janeir o de 1929, conversávamos com :Erna ni e u e 8 tiu•m a qu11 lhe 111sp1: ou ~s versos a baixo. no bar "San ta Cruz", a êsse te~po sob a ger ên cia de um cadadao de nobre Carticr , de pois de penosa viagem a pé' do Ver-o-P t!so ao _la rgo de Sao l:lra1:, quando, pa ta r"~olver a uossa ''proflssào': E ·n:1nipedm JapIS e escrnveu este soneto · · ' \ 1 1
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