Revista da Academia Paraense de Letras 1952

28 REVISTA DA ,\CADEMIA PARAENSE OE LETRAS Como impuls ionad o pt>r um a força extranha. o Xavier poz-se de pé, segu– rando-1,,c fortemente os b raços : - Foi com Maria Dulce que se passou a ave nt ura que me acabaste d e n :-trrar ? -Foi sim . E o que tens com ela ? -É minhD. noiva ! . .. F iquei a t unlido. i-: faci l de calcula r o 3rrepe ndimento e o desespero que me l::m ce3r e1n1 o coraç;\O. Vi duas lágrimas rola r em pelas faces lívidas do Aguináldo. Comoveu-me a do r e a humilhac;ão daque le homem. traído mise ravelmente pelo amigo e pela m ulher q ue iria ~er sua e~posa. l!: e nojei-me de m im mesrno. Durante o resto d a noite não pude dormir. Via a todo mome n to o Aguinaldo levant:ir -se. p :i lid o e ne r voso, profundam e nte ::li.latido. sol., o peso da mi nha re– vel::lciio. · E jurei nunca 1nais dnnsar e 1n m inha vida. Ern essa n penitt!ncia que eu dava ao m:iis famoso da nsnrino do meu tempo. O H~hodoro ace nde u um ciga r ro e perg untou-me. numa voz que traia pro– f u nda comoção : - J u lg:.i que eu p oderia , d epois de tudo. releva r o castigo que me tm– puzern ? Franc:imentc, o Taveira tinh::. r::izão ! . ..

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