Revista da Academia Paraense de Letras 1952

24 REVISTA l..!:'\. \l-AOEMIA PARAENSE DE LETRAS ANFORAS DO ORIENTE Wenccsláu Costa - CARAVANAS P elos ciuentes desertos sollt.ários, uo roteiro de tendas e de aldeias, as caravruias passam como alheias à. soalheira d e bro nze dos cenários. Oásis cruzando, 11elo mar de al'eias, as cn.rn.vanJs vão como rosários ou erran te colar d e dronae dtl rios, <1ne as pupilas de fogo t.r:1z1:m ch eias. .C ciu n.ndo, à noite, a~ car nvrutas sonham, chora un1n. dõ r . . . E nntes que, ao sol a b erto, ela....; d e novo p elo :ir e:al se 110 11h3nt, p:irece que nós vemos n os beduinos esse m ist.crio arde nte do deserto e a anrn.r gut·~ de totlos os tlestinos. DEDUINOS Na imensa m a nsuetude do deserto, solitàrios se vão . . . E nem um monte, ou um oásis longínquo a descoberto, no panoram a r uhro do ltorizont.e. E ao J)oent.e, quando o sol, em cada fronte, c o1no um d isco de fogo, ~rele m a b )lPrt o, bc.<h1inos e can1clos t.t m d e fronte a i11finita a rill,•:, llo areal :1he1·t.o. E n essa hora sonâmbula, de prece, e m q u e as t endas d e su1nbras eslfio c heias, o ceu arqueja, uma agonia desce e uma la ngue tristeza se de bruça solHe a alma tlo beduino, ,,ue ~oluc:, nn s olitJ:io 11c1·11ctua dns a r eins. OASIS O.h ,s, - 11él'ola verde - ilha que ondeia nas 11:1isal(ens m agnific:1s !lo Or lente, CJllf' as c:ira,·auas bu sc:u n, ma n-..amente, n a j ufind :1 s olü Hio que o sCJ J clurtl:t. r:ll<'n )lcrdldo na am1,lidão ,l:l a reia, q,1e os b ccluinos sonhnnllo-o, ~•n ,.,,Jp a rdente , v:,o rolnnt.lo ao Cr!'JlUsc•nlo fe rvente, o u :10 U !Vt.' O clar fto d a lua cheia . F. como ao longe, :·ts ve~es, nas J"ltti<.;.1r,tns, 110 emb1·i;tgnnte tlctirlo da"i ruira~ens, s u 11,:~u\ p:llnHd 1.1c;, o:·1si~ <' tdtllàtl t.~nu'i, e m .-.ouhos, :t 1ol~n, 1ne11s o lho ~ vao, em ro1 1arias lc•nt ~11.» <• ,f'lrenas, pelos o,\sis ,uuh de 1,m3 ilui .io !

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