Revista da Academia Paraense de Letras 1952

16 REVISTA DA: KOADEMIA PARAENSE DE LETRAS o dt!rrad'ciro sorriso Na ,sua boca murchou, E "já não lirilham, festivos, Seus oifios da côr do mar. Chamam-llte bruxa, maluca, Olham-na frios e sérios Os que a v êem velha e feia, Sem luz na boca e no olhar, Ela. que amou tanto a vida, A vida anda a suplicar Que a deixe, a coitada Rosa, TranquHamente passar. Ela J)assou J)Or aqui ... Pelo silêncio das fôlhas, Pela ausência de desejo, Eu s into que ela 11assou, Ela ,,assou por aq1ü. Antigamente, eu a v ia Branca, suave, adejante, De transparência lunar. Rosa cant.ava, sorria, E tudo que a via e ouvia Sorria ao vé-la passar. A;;ora, tudo emudece, Tudo para, tudo t reme. Ao ve-la, a triste, passar. Nem rQux inóis . nem can;lr;os Têm vontade de cantar. ma passou -por aqui ... ,\ s cri.anças se c rirolhcm. tímidas, Sem vonlade ele brlnra.r ... F,Ja passou . . . Quando passa, Fica um ritmo d e tristeza. Anda wn cheiro ele desi:raça Na luz e no ar. Escuta. Vitl/1: Quem ~:ibe Se o ,irantle dia dr Rosa, O ntaior de sua vida, Não se rá. a<Jttélc dia Em qu e, clcsvclacla e 1UWga, A amiga dos desgra~ados Nos seus braços a levar ! . . . .. ..

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