Revista da Academia Paraense de Letras 1952

· 140 RF.VISTA DA ACADEMIA PA11AENSF. DF~ LETRAS SESSÃO ORDINARIA DE 16 DE MARÇO OE 1911 Presidência : Acadêmico Eduardo de Azevedo R!belro . - Secretada : Aca– dêmico Paulo Eleuterlo Alvares da Silva. No expediente foram lidos orlclos e comunicações da Academia Carlo.ca <1e Letras, da União Pan-Amerlca na, do Instituto Histórico de Alan-oas uma carta do General Llberato Blttencourt, sôbre a sua "História da Llter:mr~ Brs.sllelra" e , ofertadas revistas diversas, Inclusive uma da Academia l,'Aatogrossense de Letrns. -- Por melo de carta Justificaram a sua nlio comparência os academlcos D. Antonio Lustosa e Augusto Corrêa Pinto Fllho, havendo êste último enviado exemplares de suas obras no visitante da noite, Sr. Leopoldo Peres, membro da Academia Amazonense de Letras. --Apresenta ndo Leopolcio Peres no Sodalíclo paraense, falou o Sr. Presi– dente, que, . após, conferiu a palavra ao Sr. Paulo Eleuterlo, designado para a saudaçáo ao con!rade . amazonense e que fez um esbôço blogránco de Leopoldo Peres, aludindo a seus merecimentos cutturals e ils suas atividades como homem público, tendo também referências de multa simpatia a outros nomes da Acade– mia do Amazonas. Louvou no acadêmico visitante a sua personalidade Intelec– tual, das mais cintilantes e operosas como expressão de pensador e de critico, na Imprensa, na tribuna e na cátedra, e que sempre mereceu a admlrnçll.o de seus contemporâ.neos. --Ao agradecer essa s:i.udação, Leopoldo Peres ocupou a atcnçlio da Acade– mia Paraense numa oração culta e empolgante, 'tendo presa à sua brilhante pa– lavra tõda a assistência. Referiu a hora atual da cUltura humana e os desequ1- llbrtos de sua expansão, para fazer um apêlo de grande emoçáo à gente de pen– samento da Amazônia no sentido de ser retomada a estrada larga, aberta por Eu– clides da Cunha para que os estudos brasileiros nesta parte do Pala tenham a or1entaçó.o daquêle eminente sabedor dos ritmos regionais. ProssegUlu dizendo que era seu Ideal que a Amazônia apresentasse .ao Pais unia expressiio viva de . sua clvlllzação e de sua cultura, e tamanho anseio só pode ser realizado pelo · iconcurso e entendimento das Academias locais, cujo Intercâmbio Intelectual de– veria ser mala lntenso. Referindo-se a diversos dos acadêmicos presentes e a nomes da cUltura pa– raense, Leopoldo Peres citou também nomes do Amazonas, entre vários qa de Adriano Jorge e Pericies Morais, cuja obra Já é um patrimônio comum do Pais. Ao concluir a sua oração, Leopoldo Peres teve palavrns de grande afeto a Paulo · Eleuterlo, que o saudara e disse da admiração da Juventude amazônica ao educa– dor de gerações, a uma das_ quais pertencia e sentia prazer em declarar que mUlto devera, de sua formação c1vlca e intelectual, ao professor que desde a sua ado– lescência se acostumara a presar e a seguir. A essas referências ao Professor Paulo Eleuterlo, que também perlence à Academia do Amazonas, se segUlu com a palavra o Sr. Alceblades Buarque de Lima que recordou epls6dlos de sua Juventude e do seu confrade cit ado, em Per– nambuco, quando ambos se empenhavam em memoráveis lutas civlcaa e lntelec– tuals. Após êsoes discursos e expressões de regoslJo pela presença de Leopoldo. Peres a Academia passou a deliberar sôbre a próxima recepção, que ficou deter- lnada para 3 de maio, no Teatro da Paz, do novo acadêmico Orlando Llm!,l,, que !rt1 saudado pelo Sr. Acll1no de Leão, estando ambos pres~ntes, n cando Oswaldo Viana encarregado do programa da prlmel~a festa da Academl:1 êst-0 ano. __ Em seguida, o Sr. Oswaldo Viana fez rererênclas a personalidade lnte– •lectual do sr. Raimundo Morais, Eencjo pelo presidente levantada a sessão em cUlto à memória do acadêmico extinto. SESSAO ORDINARIA DE 21 DE MARÇO DE 194l Presldênc)a : Acadêmico Eduardo de Azevedo Ribeiro. - Secretaria : Aca– dêmico Paulo Eleuterto Alvares da SUva. Ocupa ram suas cadeiras os acadêmicos Amazonas de Figueiredo, Aclllno de Le~o. Orlando Lima, Olavo Nunes, Mlsael Seixas, Oswaldo Viena e Sousa Moita havendo Justificado suas ausências os Sra. Manoel Lobato, De Campos Rlbelr~ e Buarque de Lima. --Pouco depois chegava o Sr . Olavo Dant as, o !lust re visitante que rol Rprcsentado pessoalmente a todos . Foi declarada aberta a sess!lo pelo presidente. Sr. Azevedo Ribeiro, que disse do prazer da Academia em receber o escritor de páginas tão belas da nossa llteratura de viagens . --Em nome da Academia tez a saudBçúo protocolar o Sr. Or_lando Lima, que estudou a personalidade literária de Olavo Dantas e fez uma critica de sua obra Já divulgada em livros apreclando· princlpalmente o último "Gaivotas dos sete mares", viagens pela Europa, cita ndo episódios vividos pelo orador e pelo ho- menageado. , -- Olavo Dant as levan tou-se entilo sob polmas, e produziu uma comovente oração de agradecimento, de.ndo reiêvo à lntluêncla do Pa rá n:i. ,.s~a tonnação In– telectual atual e tendo palavras de multo carinho p&.ra com a Folha do Norte". onde primeiro o Pará conheceu os trabalhos de su n pena. i - - Após êsse agradecimento O presidente <.111 Acadcm a r enovou oe seus votos de admiração ao distinguido eia n oit e e encerrou a sessão·

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