Revista da Academia Paraense de Letras 1952

!34 REVISTA DA ACADEMIA ·PARAENSE DE LE'l'RAS Regional de Geografia do t:stado de S. P aulo e ela Associaçlio Paulista de Im– pren~a. agradecendo a comunicação da posse .do nova diretoria ; e carta do Dr. Himr1que _Cerne, advogado, com escritório à Rua Marquês de Olinda, 141 em N1tero1, Rio, oferecendo seus se1·viços para trator de assllntos da Academia Jun to aos Ministérios d n Justiça, Fazenda e Educação. medi;mte o pagamento d e hum ~íl êruzelro_s. Constou ai nda do expediente urna carta do professor José Cou– t inho de Oliveira solicitando inscrição como c:mdid::ito à · c::ideira patrocinada por Ferreira Pena, a presentando três li vros de sua autoria -sôbre folclore amazó– nico . O Presideryte designou uma comissão compusta dos acad êmicos J . M. Hesketh Conduru, Georgenor Franco e Jurandir Be zerr::, para. na próxin, 8 sessão, apresent::iv parecer escrito sôbre o valor intelectual do candldoto. ~ O acadêmico Georgenor Franco comuni_cou ter _sid o providenciado pela Secretaria a r emessa dos documentos necessários, pedidos pelo Ministério da Educação para o recebimento d,as subvenções federais em atraso, na valor de CrS 75 . 000,00. passando às mãos do tesoureiro cópia do dossier respectivo. Co– m u nicou a inda te r entrado em e ntendimentos com o ver ead or Luiz Mota e 0 Deputado Efraim Bentes cons eguindo com que ambos apresentassem na Câ– mara Municipal e n:i Assembléia Legislativa do EstadQ projetos de lei reconhe – cendo a Academia Parae nse de· Le tras como sociedade de utilidade pública. Adiantou ser pensamento do deputado Pau lo Maranhõo a presentar à Câmara Feãeral um projeto de le i no 1nesmo sentido. o que vem colocar o Siloeeu em situação privilegiada para o recebimento de verbas futuras. - O acadêmico Luiz Te ixeira Gomes , referindo-se ã presença na casa do c onfrade Garibaldi Brasil, proP,ôs .fosse consignado em · ata um vot o de boas vindas e satisfação. o que foi aprovad o unánimemente. Just.iricou depois a au– sên cia de Bruno de Menezes . por motivo de doença. - O acad&mico Jurandir Bezerra, fazendo um estudo compar ativo e ntre os novos e os antigo~ Estatutos, chamou a atençã o da casa para o que classifi– cou ser uma injustiça que se havia praticado com Garibaldi Brasil. transferin– do-o p::ira a categoria de sócio correspondente. Propôs que Gariboldi fosse rein– tegra do e m suà cadeira, uma vez q ue não se afastara de Belém corn â nimo de– finitivo, onde t em • o seu domicilio civil. Sôbre o assunto, mani– festou-se o acad&mico Inácio Sousa Moita para dizer não poder o plena rio nem seque r tomar conhecimento do assun to. u ma vez que os novos Estatutos não permite m o estudo da ma t éria . Respo nde ndo a um aparte d e J u ranclir Bezerra que de fendia seu ponto d e vista, Sousa Moita disse que a lei, mesmo que seiá injusta, é lei, d evendo ser respeitada e cumpdda . Citou como argument o a moi:te de Sócrates, que tomou cicuta µara cumprir c om a lei . O assunto tomou grande parte da hora do expediente, pro longando-se as discussões por mais de uma hora, tendo se mar'lifestado ainda os acadêmicos Georgent>r Franco e Wenceslau Costa, êste salientando que GaribaJdi Brasil tinha sido punido de .ac61·do com os a ntigos Estatutos, os quais determinavam a trans ferência ?º sócio e fetivo e porp,Huo para a categoria dos correspondentes d esde que faltasse. sem motivo j ustificado, a seis sessões consecutivas. O acadêmJco Garilialdi Brasil. pedindo a palavra. pronunciou b1·ilhante in;ip.-oviso, dizendo que sempr e se cohs icterou acad ê:1n ico e st:mpre se cons iderava ·acadêmico, un1a vez que 1nantinha com todos os confrades d o Silogeu as mais estreitas re lações de amizade. Saindo em d efesa do ponto de visla d e J urandir Bezerra, cilsse nilo ler transferido J;eu do– micílio da cidade de Belé m. estranhando ser a Academia P a r aense ele Letras a única que cassa o direito de perpetuidade aos seus sócios efe tivos. Novas' e aca– loradas discussões foram tr::ivadas. tendo [malmente o p reside nte pusto ern vo– Laç:io a prelilllinar levant ac!a pelo acad&mico Sousa ~!)ila no se n Udo da ,Aca– demia torna r ou não conhecrn,ento do assunto. O plenar w , púr maioria de votos , resolveu nã o tolllur conhecimento da proposta de Jurandii· Be1.erra, permane– cendo o acadêmico Garibaldi Brasil na categoria de sócio correspondente. - A seguir o acad êmico Georgenor Frunco 1->!'º.nunciou as s,:euinte pala– vras, indicando o nom-, d e A lva ro da Cunha para so(:10 conesponcl.-nte da Aca– demia Paruense de Letr as no Território Federal do An1apu ; "Sr . 1-'J esidente, sr s . acad.êmicos : Alvoro da Cunha é parae11sc ie g ililllo. nascido no famoso bairro d e S. João do Bru no. berço de 1:1ntos talentos regionai~, 1o1as c um::ipoen,;e d e coração. i'. um póeta de valo r ,negãvel. Milionfu·10 d n crnoc;ao, rico de: '':ns,ull,dadc, A lyaro d a Cunh::i .; u111 dos vul tos de maior destaque ela nov:1 ge.-aç:.io d._. escritores do norte do Brasi l. N:io é •oomentE: poeta . Desc.le qu:mdo. atendendo honroso con– vite do nosso emine nte amigo nrnJor Gent_il . Nu,1c-s ,. sep,u,_u para o 'l'err!t6"rlo redera! do Amapá, onde exerce. com c11teno e bnlh::intis_mo, as funções de oliclal de gabinete do governador. J\lvaro da Cu,)h_a J.,d,cou,se tamllém ao estudo meticuloso e profundo. dos prublemri~ s o,:HIJS e ,-ronomicos daquela região p1•ivileg1ada . A . · Sonhamos ·untos - eu e ê le , eu, d e ._ Car io,. Lln,a, . ucy ~aujo e Ana- xagoras Barreiro1 _ quándo no verde htnt1111e nl::il d,- nu~s~ moc,dacle em flor fazíamos d::, 1..Joemla O vinho e spiritual d e _no,,,a!l Pº"' las ~ d ~ no:.SBd crônicas de amor e de revolta. Juntos, seg uimos, d e po, 9 p:ira_ a cm em; quando º. el!ll'im da .Pátria nos convocou, em 1942, p ara a luta pe la v1tor1a aa, Democtac1as contra -,.

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