Revista da Academia Paraense de Letras 1952

126 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS O i:LO QUE A TODOS NÓS NOS LIGA "E é bem que ass im sintamos agora e sempre . Ser ia rematado érro s e noG quedassemos indüerentes e a lheios aos sucessos que se dão fóra das nossas iron– tetras, metidos dentro delas a viver ei::ois ticamente só para nns. s em olhos para v êr o que !óra da o rla dos nossos horizontes se passa. scn, a lma para sentir o que so;ntem os que, como nós. são filhos da mesma pátria. que r, o centro de união, o élo que a todos nós nos liga num só e grande todo que vive a ,·ida que nós vi– vemos·•. - LAURO SODRi:. JOS~ VERISSIMO A 8 de abrll de 1857 nasceu na cidade de óbidos. no Estado do Pará, José Verissuno Dias de Matos. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Le– tras e é patrôno da cadeira 24. d,i Ac11demia Paraense de Letras. Na Academia Brasileira criou a cadeira n . 18, de que é patr on o João F'rancisco Lisbôa. Sucedeu– lhe o Barão Homem de Melo e, posteriormente. Alberto Farias. José Veríssimo fa– leceu no Rio de Janeiro a 2 de fevereiro de 191 6. Foi um dos mais esforçados dire– tores da Academia Bras ile ira de Letras, onde exe rceu cargos de primeiro secretá– rio e secretário geral. DES PESAS RATE.'\llAS ENTRE OS "IMOR'rAIS'' A 11 de abril de 1901. Magalhães de Azevedo pronunciou um discurso na Aca demia Brasileira de Letras sôbre a necessidade de serem obtidos recursos pa,·a a mesma, .sendo então aprovado que as despesas fossen1 raleadas entre <'~ i,ca– dêmicos residentes no Rio. Hoje cm dia a Academia Brasileira desfruta de situação invejável. com sede própria e um patrimônio precioso. Mas no dia 21 de junho de 1899, à~ 3 horas da tarde. quando linha dois a nos a penas de fundada, a Academia Brasileira feuniu-se na sala de redação da " Revista Brasileu·a". Foi a primeira sessão daquele ano, presidida por Machado de Assis, seu fundador, que fazia._ nesse dfa 60 a nos de idade. ' ORGULHO LlT i,:RARIO Em entrevista á "A Va nguarda" de 9 d o corrente mês de agôsto. sôbre a Lei 501 que institue prêmios lite rá r ios e cuja integra publicamos em outro local, o Dr. Ceei! Meira, catedrático de Português do Colégio Estadual Pais de Carvalho e um dos vultos mais brilha ntes da intelectualidade amazônica, declarou, e ntre outras coisas. o seg uinte : "Acho que a Academia Paraense de Letras possui nomes de alto valor e que se recomendam a fazer parte de uma banca julgaàora. Há por aí uma pre– s unçã o 1<eneralizada em que cada intelectual se julga com capacidade tão ele– vada a ponto de considerar os demais c<_>m<_> nulida~es. Isso ê um ff,'n_ômeno de or- 1<ulho literário, m uito ·comum n.i provmc_ia. A lei tem seu pro_Pos1to : co!lceder prêmios, e a comissão poderá er.~ar, te r falhas, e às vezes ser mjusta, pois essa comissão é da terra e nao do céu .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0