Revista da Academia Paraense de Letras 1952

.. RE\n..STA DA ACADEMIA P ARAEN6E DE LETRAS 125 O Cadete Plácido d e C;,st ro. fiel 1s s uns con vicçõ . J"ti · ~s tfropas revoluc_ion;\rias do Gener al Jaca Tavares. com ~~ ~~ ~isc~!;,t;; i pb~-tl~•;;::~ e ogo no morflkro combate de Rio Negro Oepoi• r- · J • · · ~h~i~a d;r~~r;~i°~~~- (~~a~"i'.tf~â:~. incursãc.' plantou' i~~\~n~:-~ra ~~:~·~º':ri~~ . S e r viu ~ cauGa revolucioná ria r om b ra vur a :a d evotamen to e d il'il!ill teme– r á rias a l'l'eme h da!i na Serr a do Ca va rá e na varzea do Va caca h v em dis putados combateR e r,ue rnlhas . ' Qua nd;o, en1 1805 , foi a!-.:'lh1nth• :, pnz, Plf,c ido de Castro que con uistãr a P OS!O d e !J'ªJOl' a~s 21 ano~. n~o ace itou a "nlslia ampla que a ' to dos ·os ~evoluelo~ P_4r~?.s. foi concec,hda pelo gov_erno ~e. P~ude ntc de Morais. Obte ve sua baixa d as f1!~J1 as do Exército e _lrnns rc1·1u res1dcnc1a p"ra a C. Fede ral. onde passou a e>1e r– cbç1•. as modestas funçoes de Inspe tor de Alu nos do Colégio Milita r q ue lhe p ossi- 1 ttavnm (~eque nlar ns aulas d'1 F.,scoln Politécnica. · · . J:teagmdo a uma a tilu~e. afron_tosa de um_ professor. P lácido d e Caslro pede d ~nu ssao dess~_cargo no Coleg10 M1h t11r. em maio de 1898, e foi ocupar o lugar de AJu<lan te de F 1el do Ar mazem das D ocas de Santos. . Em 26111!1899, pede demissão ~esse ú ltimo emprego e traslada-se pa r a Ma- naus, d es_eJoso de. a cumular e_c?nomias e m trabalhos de medição d e t,>.rras. que lhe pc rm1t1ssem aJudar a familia e prosseguir em seus estudos, D e Mana us. jio p rov ido do necessár ia Ca rta de Agrimensor. P lácid o d e Cas– tro sobe q r~o Amazônas e intenn-sc nos r ios Purús e Acre, em trabalhos d e s ua nova prof1ssao. Em julho d e 1902. Já se achava no Alto Acre. demarcando o se r in– g a i "Vitória'·. d e p r opriedade d e .José Gald ino. As autoridades bolivianas , de posse dessa reg ião, povoada por ceare nses cn1i– gr ad_os.. achavam-se instalad as em X ap uri. Contin uava, entretanto. o d esgo.,Lo cios brasileiros sobretudo devido aos r umores que jn chegavam do arre ndamento do A,cr e, pela Bolívia. a uma Companhia estrnngeir a. A Revolução eslava na consciê n- cia dos acrean os. Plácido de Castr o e ra o homem talhado pa ra a situação. Espírito estudioso e audaz, já conhecia pr o fundamente a q uestão acreana. desde os seus primórdios. nos ~eus as pectos políticos. econôm icos e m ilitares. Tornou-se . pois. o Chefe na to. s u r gid o no momento oportu no, par a inspirar tódas as confiaru;as, ·e J nir to dos os rec ur sos, conglomerar tód!ls as vontades e e ner gias para o grande esf or ço de li- bertação do Acre. A 6 de agôsto de 1902, o jovem sul-riograndense de apenas 28 anos d e idade e Ja veter ano de 16 combates nos descampados s ulinos. deu início á Revoluç íío com o at~que, a Xap uri, o nde a p r is ionou as a u toridades boliv:an!'s, e _proclamou, no d ia seguinte, a lndependílncia da região. Era seu plano torna-la mdepe nde n te par a que o Brasil lhe r econh ecesse a e xistencia como Estado, e . depois, pedir sua a ne - xnção ao ter ritório p;\trio. Dias depo is da tomada de Xapuri, Plácido de Castro. á fre n te de 68 ho- mens ,tem um sangr ento encontro com uma parti<la do Exé rcito r egular bollviano, com um e fetivo 3 vezes maior . ao 111')ndo do Coronel BoJas . Dian te da superioridade nun,~rica d.o inimigC?, os acreanos retirar a1n -se ~,n boa.ordem., reorganizando-se :,pós com maiores efetivos , r ecr utados e ntre os serm- g11c1ros. Achando-se . j :á, cm cond ições d', c~trar em. campanha , Plácido d e Castro assume a ofe nsiva que o levou. d e v1tórta em vitória, duran te cmco meses de encarn içada luta até a expulsão definitivo d o adversário do te rritório a cr eano. Os vitoriosos comba tes d e ··Tolheiro". "Bom Destino" , "S,in ta Rosa" e "Costa Rica ··: os assaltos e conseque n tes capitulações inimigas em "Volta da Em– prêsa·· e ··P orto ~cre", der am _o completa domlnio d? Acr_e a o jovem guerreiro, já a fr en te de um pequeno Exército de 2 .000 homens d1sctpllnados e armados, a tua n– do como um só homem. mag netizados pela vontade férrea e pela persona lidad e de seu chefe. Mag nâ nimo e ca valheiresco r.om o vencido, Plácido d e Castr o encontrm.1, ne,s escritos pos teriores de seus ndversã r ios dn vésper a , a cons ag1·acão de um j ulg;m 1en– to que o ho nra tanto qua n to aos va len tes solda ~os da Bollvia. Reconhecendo a be lil(crância do ··Estado ind epende n te do Acre". proch1mado por P lúcido dC' Cas tro c do qual foi aclamado Chefe . o gove rno br a~ilPirn pela visào d o estadista cto Barão cto Rio Branco, inter ve io a fa vor de nossos irmãos. n c!!OCianclo com a Bolívia o Trat.Jdo de Petriilio q ue incorporou ao B rasil o t erri– tório acr eano integralmente povoado por aqueles mesmos patr lcios. AS COMEMORAÇÕES Comemorando o cinquentená rio rla Re votu~·ão Acreana. foi mandada rezar no Ric de J ane iro pela fa m ília de Plá cido de Cast ro, uma missa em intenc;J o d o d escanso e terno d e su,i ~lmn na ! ~rejo dP Santa Crul. d os iVlilitares. Noi:c últ1rnos dias do n,,~s ele ng ôi::.to. realizar-se-á . ta1nbén1. u111a confcrc}ncia sobre a obr, 1 ctc P l:\cido de Custro, pr lo ,·sc rilor Dr. Clà11dio de Ar aújo Lli,1a. no Ins t itutó Hi~tórico e Geogrnt1co. Será m,indada cun h,ir uma ntcdnlhn comemora tiva d a Re volução Acre ana e de P lácido de Castro,

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