Revista da Academia Paraense de Letras 1952

fl REVISTA DA ACADEMIA P,ARAJ,NSE DE LJ;.'TRAS 113 Scnl. entanto. ser o mais velho, vin, atender a vossa confiança. cônscio de poder correspondê-la. E '1/lClra. que está prà licamenle extinto o mandalo da Dirctori,i de que faço par te. Yolvo os olhos ao passado e. sem alardes ou vai– dades . diz-me a consciência que a presente adnúnistração, se não teve a glór ia ele voar alto como os condores. tenho a satisfação em assinalar que a s ua n\ nrcha n~o foi prejudicada. A Academia ·viveu dias· de entugiasmo. Que m volver os o lhos para a vida dêste Silogeu neste ano ad.Jninistrativo. e o fizer dentro de um espir,ito de justiça, há de reconhecer q ue na simplicidade do tr.1bt1lho desta Diretoria .haverá fatos que constituirão capítulos ma-rcantes para a nossa história . Se quizermos resumir a ativida de da Academia Paraense de Let.i:a~. du– r.inle a gestão ·que se finda. basta que relembremos a recepção ae Margarida Lopes de Almeida. festa ma/lnificll. que passou para os anais culturais desta terra e em que os nossos salões receberam o que h ú de mais distinto nos meios espiritual e social d esta cidade. A reforma dos nossos Estatutos. desejo e necessidade que vinham sendo objeto d e preocupação ·a outras administrações, foi fina lmente levada a cabo. podendo-se destacar nesta tarefa a colaboração devotada d e todos os senho– r es acadêmicos. Honra -se pois. esta Diretoria, de vos ter dado a lei que se ajusta à evolução da época e que vcn1 corresponder às nossas necessidades. Nenhum de vós desconhece que a nossa situação financeira era das ma is angustiosas em maio do ano passado. Chegamos ao ponto e>.-tr emo de nos cotizar para a gratificação do abnegado servidor desta casa. que, pelos anos seguidos de labor dedicado. numa homenagem justa. hem pode-se dizer que é um dos esfor çados elementos q ue contribuem pa ra a vida desta agremiação. Aquela época. o tesoureiro da gestão passada entregava um saldo na Caixa Económica de CrS 346,00 . As dificuldade eram demasiadas. todavia. cedo foram suavizadas com o recebimento de um auxilio votado pela Assembléia Lcgisla liva do Estado para o exercíciQ de J 951. A presidência endereçou of í– cios aos legisladores do Estado e cio Município. esclarecendo-lhes a situação rea l em que vivfamos. Doloroso é dizer que a importância d e seis mil cruzeiros, constante da verba votada e promulgada pela Câmara Municipal d e Bel~m . pa ra .º exercício de 1951. até agora, não [oi possível 9 seu receb!mento. Com rníercncin a verba votada pela Assembléia Estadual para o exerctcio corrente, como é do vosso conhecimento. foi vetada pelo governador. Pertencendo. porém, ao conselho encarregado da distribuição dos uu.xi lios diversos pres– tados pe lo govêrno. apraz-me dizer-vos que foi com o maior prazer que d e– fendi os dire itos desta casa, assegur ando-lhe doze .m11 cruzeiros com a sua inclusão na lista dos bene fícios, ,havendo. em dias do mês último f indo, a tesouraria r ecebido as importâncias reh1tivas aos meses de janeiro e feve– reiro de 1952. A Secretaria mereceu d a Diretoria o melhor cuidado, tanto assim que toi provida e aparelhada com material suficiente par a o seu bom f unciona– mento. A comissão encarregada da publica,ão da Revista foram d ados amplos pode – res para o ·perfeito desempenho de seu mister, tudo visando que o trabalho esforçado dos companheiros não enconlJ·asse obstáculos prejudiciais à bt:leza e bom 31spéeto d e sua confecção, isto com referência ao numer o de_ p ágmas. d1sposlçao de se rviço gráfico e aquisiqão do papel que melhor servisse para o caso . . Senhores acadêmicos. Demonstrando o que foi realizado neste ano. pós– so-vos afirmar que a nossa Academia, não só pelo trabalho modesto desta Di– ret<;>ria, mas, também; pelo devotamento de seus membros, impôs-se cada vez mais ao conceito e admiraç:,o dos m.:,ios cultos do P ará . SESSõES ORDINARlAS - Conforme os Es tatutos. realizaram-se as sessões, pontua lmente. no primeiro domingo d e cada mês, em número _d e doze. Ê-me satisfatório dizer-vos que em nenhum mês a nossa Academia deixou d<> reunir-se. SESSôFlS EXTRAORDINÁRIAS - Foram em número d e seis, cinco do; quals levadas o efeito em 1951 e uma êste ano, j ustamente a de hoje . . A primeira desas reuniões, realizada a 28 d e julho de 1951, foi em homena_gem à declamadora Margarida Lopes de Almeida, que viera a Bel~m a con vite da Sociedade Artística Inte rnacional. Reunimo-nos, extraordinàrio– mente, pa ra recebê-la. Coube a mim, por gentileza dos meus pares, sau,!6-la em nome d êste Silogeu e oferecer-lhe lindo estojo de madeiras da_ Amazonh1, contendo perfumes regionais. A festn. como j á !lz r efer ência. foi das mais belas realizadas ne5ta terra, colaborando para a s ua beleza versos de alguns dos nossos compan heiros. além da arte deslumbradora da homenagem. A 28 de. setembro a A<·ndemia palrocionou a conferência do professor Jean Caol– mes, que se ocupou sóbre as personalidadP~ de B.ilzac e Napoleão. A 25_ de novemb ro. 2 e 9 d e dezembro as no ,sas 11ti,~dndes !oram dedicadas exclustva– menle à reforma dos Estatutos, que nos re11cm p resentemente, e, hoje, volta· mos. a no~ reunir extr,,ordinAriumcnte. p:1ra a leitura dêstc relatório. QUARTOS DE HORA - Nas sessóc-s or dinárias, em obediência à própria íinalidade déste cenáculo, foram 1·calizadas varias palestns nesses "quartos de ..

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