Revista da Academia Paraense de Letras 1952

112 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS DE CAMl'OS lUBF.1-RO Senhores acadêmicos : A Acad.emia P;;,raense de Le tras. em obediência ao que dete rnúna os E statutos recentemente refor m ados, a Diretor ia que dirigiu os seus destinos no p e r íodo d e 10fi 1- 19fi2, trazendo a lume as súmulas dos seus trallalhos, vem h oje prestar con t.as das s uas a tividades . . As d iversas ocupações do home m na v ida a tual não permitem tempo s uficie nte capaz para u m pres iden te vil' dlzcr do seu la bor desempen hado n o csptu;o de sua ad1ninistraç~o. Sendo, poré1n . u rna dc tc rn,inação estatutária. desta obr igação venho agora, sa tisfa tóriame nte . des incumbir-me. Um docume nto como êste , q ue tem a finalidade de fala r das nossas ati– v idades. dizer a lgo d e nós pr óprios, estou cren te que nen hum deixará de fazê-lo com a máx,,ima alegria. porque falar da vida desta Academia , dizer o que t.ê m s ido os nno s que ncaut passo.m os, s crh scl'npre um 1n0 Uvo d e conte n – tamento . Nesta ta refa, d iiícil porque tem a missão de se torna r em história , para que os nossos futu ros sucessores saibam avalia r a obra que vimas realizando de ntro des tn cafc::J, d e certo e n contrareis ns falhns indispcnsf1vcls. enlrelanlo vos digo que p r ocurei nes tas páginas rogistrar os acontecimentos como êles se passa ram . Aqui a no tei os nossos dias de gra ndeza e o trabalho de todos nós em pró! do re nome e d as tradições dêste Silogeu. Neste relatório, que é o in dice dos doze meses da vida desta Academia, quem examiná-lo, verá o que realme n te foi possível à Dire toria atual fazer por esta casa. · Filiado ú Academia Paraense d e Letras desde 1937, q ua ndo os meus nobres confrades me elegeram pa ra d ir igir os seus destinos, por u ma coinci– dê ncia, que n ão sei como classificar , no m esmo instante tive aos om bros ta– refa não menos di!ícil, que mobilizou o máximo dos meus esforços. A atividade de um homem na direção de um setor público, mormente cn1 m a t.é rin de c u ltn ro e cd ucnc;5o, hi\ de ser se rripre dos n,a1s exa ustivas. A minha vinda para a presidência dêste sodalício das letras paraenses verifi– cou-s e just;ime n l<• qua ndo feira ch amado à cola borar, embora p àlidamente com a administ ração estadual . ' Sempr e cons t ituiu m.eu desejo cmpregnr tàdn• ns ro,·c;na cm beneficio da A ci:td e1n ln n que Per 1un cc1t\ OU, porcau c clu é porlc integ rante da nossa vidn in telectual. Aqu i. aos primeir os domingos de cada mês, esta mos reunidos na mais agr adá vel intimidade ; aq i;i temos !,ora•; de convívio amêno. de distinta cordialidade, e onde sempre pairou um princípio de igualdade, s óm e n te v ist a e ntre irn,ãos que se compreen de m e cs tirnam. Todos os que aqui viera1n rece– ber a glô r ia de uma imortalid ade simbólica trouxeram a fadiga das lutas de a nos a fio em pr ó! das letras, o que vale dize r que aqu i estão com o pr opó– Eito de trabalhar p elo relêvo cul turá l da ter ra, da mesma forma com o e ra 0 ideal d aquê les que õnt.em oc upa ram as cadeiras que ho,ie nos compet e hon– rá-las e e ngr a ndecê-las . A Dire toria, que ter m ina agora o f'ell man~a to, é certo, não pôde rea– lizar todos os seus pla n os, nem tudo o que deseJava. Ninguém ignor a que a a ~p iração maior dos acadêmicos paraenses é a Academia agasalhar-se em su a sede própria. Is to vem sendo um sonho de longos anos, mas estou sincer a– mente cre nte q u<; um dia, ta lve7:. n ão m u i~o Jong~, ela há de deixar este teto acolhedor do Ins (, tuto de Educaçao do P ara para n· morar na s ua casa própria, como a Acade mia Brasileira de L e tras, depois de lonr,o lC'mpo, do uca nhado cucrltór lo cl<' Rodrigo Otóvio, pnsso11 a viver no uunt uoao palácio que lhe f oi generosam ente ofcrC'<_:ido pelo gové rno de França. Ou tras asp 1ra,:oes a ndam cantando na nossa alma, e alguma cous a, len– tamente, se vai concretiza ndo . Com cinque n ta e dois anos d e exi~tênclu, e com tnnt.oM intr r rr gnos nn HU '1 jor nndn, dopoi~ _q ,,c ou sc';!s des lin os passaram a se r orientados pela es cla recida vis ão de Aclimo de L eao, que a e ngrande – ceu com ':1 s ua abn egação , c. acima de tudo, com a sua nssiduidndc impecável. u J\ca dcmw tem vivido porn o chp le ndor cultural ela terra. A s ua obra notil vc l pelo llri lh o cloR ;1tividnnes. niio lôra interrompida dcpoi~ do quntr" nnon d e udml– nlutrntt•o h d lhun 1,,, p or q uc c.,11t ro c,ppfl lt o rllnú11 1 lec!, lguulJn cnle devotado e 11 mi'' º des ta cas a, o dC:tdc n dco P a'-!lo m eutérlo Sernor, em nonhum n hot•a doJxou rio zcl11I' p r la r,rnndczn dr sta 1n~lit11lçiio. F: nc! lltiBllOl_ll' u presidência dês to cenáculo n ão pode rla esquecei• u obra giga ntesca desse dois ob1·oiro11 ln l1ot1~f,. v Is S ~blo n C'xtcns:io doi; dificuldndo" no pô~t.o cio • 11crillclu. C:luu nado por vós 'para aa uu u, LunçOu• , llcrlu,111.mtc pu1· ucr do~ m11i~ antigos 110 80LI 4Lladro, .... l.

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