Revista da Academia Paraense de Letras 1952
100 REVISTA DA ACADEMIA PARAENS!l: DE LETRAS Mas deu-se então um fato que provou a axioma : "A mocidade é !orça" e que deu s uma importância ao carater dos estudantes paraenses. Conhecendo a pos ição de Paulino de Brito, qulzeram os bondosos rapazes apr esentar-lhe uma prova de .apreço, que significasse o bas tante para provar– lhe a gratidão que lhe deviam . Resolveram lançar mão de 11m recurso e:,rtremo. Ligaram -se e dll'lglram-ae à cx-atrlz port,ug uesa Emllla /lcle la.lde, naquele tempo empresé.rla de uma companhla elramátlca, solicitando um eape~iv;:u1o cujo pro– duto rever te6se em beneficio de Pa ulino de .Brito, para aue pudefse realizar ~s 2eue desejos de segulr para s . Paulo. A exímia atriz acedeu p;eutllmente a o pe– dido dqs estuda ntes. que se apressar am a promovei· na noite de 24 de fevereiro uma esplêncilda e comovente festa r.rtlstlca -ffternrla . cuja recordação perolste na memória de tóda a cidade . Graças a ês tes esforços, pode enfim o estudioso moço espraiar a vista para o futuro, e sorrir ao trabalho cie ntífico, que lhe acenava de sôbre a Academia de Direito de S. Paulo . ' Poucas semanas depois, com efeito saia Pa ulino de Brito do seu querido Pará, com des tino ao Rio de Janeiro . E~ agôsto achava-se ma triculado nas au– las .d? 1. 0 a_no daquela Faculdade, onde Jogo se distinguiu entre seus colegas, re?;igm1o. varies periódicos acadêmicos e sustentando cerrada polêmica contra m~,a duzia de adversários, a propósito da obra de Guerra Junqueiro - "A ve – lhice do Padre Eterno". Em marco do ano explrnn te fez atos das mat érias da. J ." série do curso colhendo aprovação plena. Vol.!<>u então ao Pará, onde trabalhou no professorado e na imprensa com a deddicaç!'o que ta!'to_ o recomenda e que faz dêle um dos _vultos ma is simpá ti– cos e minha provincia . . O mês de setembro último com a aproximação dos atos, dos terriveis atos Jurí d icos, trouxe-o até esta cidade em cuJ·a Academia resolveu terminar o curso. · t Quanto Paulino de Brito é incançalvel no cumprimento de seus deveres ' iYmesf:tda.nte , /ºdemos atestar nós todos que somos seus eompnnhelros íntimos. acaba d~ :'.,~r 'f· dá uma prova mais eloquente do asserto : Paulino de Brito tâ ncla r avf r enamente aprovado no 2.º ano de Dir<)ito ... Pm:a uma circuns• leitoresg 5 i ma - qL_Iando não inqualificável - eu chamo a atenção de meus íÚho lã~ disti lrovtncia do Amazonas, que dever a orgulhar-se de possuir um cusou-se há 01 ~-º e rabalhador , tão sério e honra do, tão homem de bem - r e• Enquanto O Par'-to ~ pagar a subvenção votada por le i ao seu mais ilustre filho ! moço O Amazo; ª re os grandes braços amigos e aclama o talento do modesto em cima da lei as esquece-lhe o nome, cospe o catarro imundo da trampolinice como o negocian~e -~ava um auxilio a Paulino de Brito, despede-o de seu Iw.– !lança. Lá estão O poe fora de casa o empregado que não mais lhe inspira con• n ão sanciona toda 8 Llcurgos ele mela-tigela. descompondo o preslden te que lhes que s uplica O pag! as fatotas, e fazem ouvidos s urdos ao procurador de Brito Não fóra a mr;:en ° das quantias atrazadas ! .. . de mão generosa d ' 0 a be ,:içoada e modesta que se lhe estendeu um dia, a gran– o estimável moço tl~hse~ tio, o honrado comercia nte sr . Domingos José Dias, e estudos 1. . . Miséria 1 ª e reslr:na r-se a interromper a marcha. de seus proffcuos Em compensaçãÔ· . . . . . ilno de Brito voltou-n - adnurável vindlcta duma alma nob1hss1ma ! - Pau• dos quais a realizaçãoos d<? sul alentado. de gra ndes e soberbos Ideais polltlcos tória - a emanei a - sera um fato enorme no enorme "in-folio" da nossa bis– gratidão de seu tfrrÍ:ªº P1litlca do Amazonas ! Jl: assim que êle retribuc a in– dara causa que é O m~· na a i: dispondo-se para trabalhar em prol da encanta- E sóbre êste n is a rd ente anelo da mocidade das duas províncias. a pretendida utópia ~~uit o_ tra~scendente a limento multas esperanças de q~e asmado, porque r eco h OJe seJa cm breve um fato. Espero. e espero e ntus1- tudo e eu tenho tncttsf~efço em Pa ulino de Brito uma forte 11esoluçã o para . Homem político mcd_? d~ _que_m posaul fórça ele vontade ! . . part(dO : yotava no canctf3 t 11 nc1p10 Jamais P a ulino de Brito ~e f1J1ou a um serviços a causa Públic ª J de sua con!la nça ou de quem podia esperar bons tal respeito. e creio nãi· rescntemente, achám-se modificadas suas idéias a merece as m aiores simpatJ°rrar muito afirma ndo q ue a causa democrática lhe as ... No livro da história o_utrora cor de rosa cint·ide Paulino de Brito há ainda uma pagma, que fo1 sido por duas vezes 'amar I ante, Perfumada. mas que está hoje suja, por ter da leviandade Ing rata. rotada pelos dedos do Destino representado na figura Essa página, é a que se refere à vida do co1·açl10. , • Nilo leiamos ·1, •.
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