Revista da Academia Paraense de Letras 1952

REVISTA DA ACADEM1A PAHAENSE O~ LA'TRAS 99 P ... 'fan,~órn cxcr<:c~ a arte (_!l1C abr::H;ara nl!s oficin:-1s do "Diário do Cram 11T'1 . rio S'ln1o ()(1c1n". d;, "Rc,;, N"v"" cl' " A Prnvínda do P ará". d ' "A L uz da Verdade". do ",Jorna l no Comér cio". d' "A Constituiçiio" d ' "A Regene ração'' e de alquns outros pe riód icos de somenos importância. ' Em 1876 revelou-se em Paulino de Brlto o sen timento du poesln. Esta data ~~vera fic~r eternamente guardada Pm a memór ia p 'lrae nsc- O grande succ-sso . eu7se ass im : em uma festa tipor?ráfica. Paulino r ecitnu e publicou uns versos 1nsltt ~1,._d os "A tmprens,.·•. e . romn recebesse muitas ,inim ações, continuou a dar an p ublico uma ou outra o rnduc;ão. de vez em quando . Anos de pois, - cm 1879. - entrnu pa ra a Escola Nnrm"l e. AO oasso que estuda va. ·e ra revisor f' reportcr d o "Diário de Belém" . F oi desde e n tão perso– r>:>1:?cm nbrieado cle todas as festas "estuda ntescas" - 'IC per mitem o emprêr?o d e st e a<;1ietivn de um nosso 11mi~n comum. - criou diversos p er iódicos e socie– dades hter:lrias. Os estuda n tes estimavam-no muito e festejavam ruidosam ente q uando o viam no meio de si. · . De_ diA para dia P a ulino de Brito se tornava mais conhecido, conqu istnndo " simpatia d>1 n ossa $OCiedAde iá por s ui,s produções. já p or seu inalteríwel "t_,,mportame nto exemp la r que destoava do procedime nto irregular de que fazia 11nhre u m,i p a rte dos estudantes paraen ses . . Em iunho de 1880. por ocasião das festas do ce ntená rio de Camões. P a u– lino de Brito. como representante do Clube Normal , recitou um ma,mlfico dis– <'l•rso. or imoroso em eler.ância de est ilo. r ech eado de conceitos elevadlssimos. A imprensa pRrae nse foi u nâ nime em tecer ao jovem orad or elogios por sr:,t_1 n?t~vel discurso e desde então acolheu-lhe as producões em su as colunas c-..itor 1a1s. E noto-se. naqu~le temoo os jor nais em que foi r ecebido. n ão e ram. c-nmo aeora, tão fra ncos em semelhantes distinção. Não chegara ainda a desgra– c>1da época em que o P ará ve ria ttra ndes chusmas de "ricardinos" poetas inva– dindo M pá~inas de h onra dos jornais. expulsando dai aquêles que lá m oireja– vam honradam e nte desde lon,:,:a data . .. F oi orador , sempre reeleito, de quase tõdas as sociedades literá rias.. . . 'Em 1881. recebeu o dioloma d e professor n ormalista. de pois de um tiro– r imo notável. e. desde então. abraçou o ma eis té r io com tôda a efusão e solici– tude dns almas dedicad as ao espinhoso labor de instr uir cria nças. . No mesmo ano em que fol t it ulado. lecionou como lente substituto no pró- nr10 esta belecimento onde fôra discípulo. e depois também, por duas vezes. no Liceu P araense . . Logo que se levantou a sa nta cr uzada abolicionista, abraçou-a com entu- s.>1sm o. com ·rogo. de coração. defendendo-a a rden temente por m eio do imprensa " da trlbunn popular . A prlmelrn conferêncln pú bllcn abolicionista que . se fez no _P'lrá , foi pronunci;,da por êle. F oram P aulino de Brito e Bcrtino Mira nda, -- este Por meio de u m folh e tim, aquêle por intermédio d e uma p oesia - que, no dia 15 de agôsto do mesmo ano d e 1881. quando a cidade est ava cm festas. avcnlu!a ram a pr oposição de q ue - não devíamos festejar a prete ndida ll~crda– rle polttica senão cm o din em que a liberd ade individual fosse uma realidade . Essas oublicacões causar am profunda impressão . O t:.Ie n to de P aulino de B rito maior imposição exerceu no público pa ra– ~nse em 1882, quando o "Djário rle Belém " estampou em folhetins o seu m ~g– n lfico romance " O homem das se rena tas". o seu primeiro trab alho de m!llor fõlc l!o. S;,indo simultâ neamente com o roma n ce "P or causa de uma loucura". do rnditoso Teodorico Mágno a obra de P aulino era quot idia na ment e devorada pelo público, à medida que Ih<> apresentava aquêle jornal. E ntão, ficou popularissbno o nom e do ilustre e lab orioso escritor. Em 1883 ~.iiu em volume ..O Homem d as Sere natas" , ao pé do roma,nce de Màgno . Em setembr o dêsse ,mo, P aulino de Brito escreveu um apreciavel drama blstórleo denominado "Colombo". que rol representado n o scmln'-rlo do Carmo, com gr a ndes apla usos d o auditório. . Dois anos a trás. sentindo crescerem-lhe as aspirações e t endo s~do ~e;~ sclhado a s eguir os estudos s upe riores, desejoso de se t ornar útil ao pais, por ein halclo ele recurso materiais. pediu para êsse fim uma subvenção à As.semb!éia desta província. Depois de três anos - três a nos ! - de instante~ soh clt açoes, e ncon tr::mdo sempre boa vontade da parle dos depu tados, porém ma da dos p re– elclen tes da provlncla. - con seguiu que lhe votassem uma subven ção ~e •••· · · · · CrS 1. 000,00 a nual. e via e nfim clar ear-s e-lh e o f uturo, qua ndo o visconde de lliaracajú negou sanção !' lei do orçamento, o q ue destruiu pelas bases o edUlcio de suas esp era nças. Falhando-lhe o socorro da sua província adotiva, - que êle am a com u m a ve– n r rução Imensa _ recorreu no da provfncla natal. o Amazonas, que lhe concedeu tm 1884 uma 'sub~enção de CrS 1 . 200,00 . P nulino de B rito fQr a nêssc ano ~ Ma– náus pa ra contra ta r os trabalhos laqu igráficos da Assembléia daquela cidade, onde tomou ent5o uma saliente inici~tiva no movimento que emancipou a pro– víncia, escrcven.do artigos e fazendo t11na confer ên cia m uito apla ud ida . Em principlos de 1885 t ra tava de x:eceber a ver ba que lhe fôra a r1?itrada, para. sdc– guir com destino ao s u l do p ~us, quando no':'os obstâcul?s surgiram, lmpedm 0 o necessário pagamento e obrigando-o a desistir da proJetada viagem .

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