Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

A. REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ) -95 PRO ARIS ET FORIS Paulino de Brito foi bem o Laet do Norte, de quem pode– ria dizer Fernando Magalhães : - "Na sua casa, que foi o lar de muito desamparado, exemplificou em afétos e em virtudes, no seu labor, que foi o pesadelo de muita inconsequência, pri– mou em energias e em temeridades. Afagou e feriu, acolheu e invectivou, acreditou e repeliu, serviu e combateu, pregou e demoliu, contrastes derivados de sua coerência a lutar com a gente e com o tempo, iguais no ardil e na hipocrisía." · ·Luzeiro· da fé e da abnegação, o amazonense que se fez paraense só ambicionava para si as eternas graças espirituais ; para o mundo os proventos da fortuna transitória. Viveu para Deus, para a Pátria, para o lar e para a es– cola; e pôde assim, calmo e sossegado, desferir o seu último canto : QUIA PULVIS EST De uma certa elevação Contemplada a hum·anidade -Promontório de vaidade, De loucura e de ambição- A vista nos mostra só, Em superpostas camadas, Ossadas ·por sôbre ossadas Apenas pó sôbre pó !

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