Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

e REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS tica, à n ecessidade de tornar clara a linguagem e outros mo– tivos, que não r efiro por estar escrevendo esta de memória, me pareceu verdadeiramente superior. O ataque que dá à desastrada lei · da atração na línguagem é inigualaveimente magistral. A maneira por que refuta o atribuir-se à lingua– gem ele negros a colocação elos pronomes pessoais no começo ele frase, - é admirável de veracidade e lucidez. Eu não sou um linguista; estudei as idéias gerais da ciência da lingua– gem tanto quanto tal estudo interessava minhas entrada::; pelos domínios da antropologia, da linguística e da crítica r e ligiosa e mitológica. Por isso não sou autoridade em maté– rias filológicas. Mas com o critério que me fornece a disciplina filosó– fica, histórica e sociológica, comparando, co·m todo o rigor lógico, o que v. escreveu, computando as asserções reinos, acho que lhe sobram justos motivos pura . considerar-se vi– torioso. Aperta-lhe a mão seu fervoroso e antigo admirador --Sílvio Roméro. P . S. Peço-lhe, se lhe for possível, o favor de enviar--me um exemplar d'Os Brasileirismos e a coleçã::i dos no:vos artigos se saírem em avulso." ARREMtDO OU COINCID:ÊNCIA ? Contradições são um mimo poético dos que embelezam os "Cantos Amazônicos". Ei-lo : "Naque:le dia em que tiraram hirto das entr anhas do rio, como uma estát ua o corpo de Tereza, tão pálido e tão frio, disse um velho dm.,tor, a mão pousando no seio d a suicida : -Volta o calôr ; e êste calôr .. . (sorrindo) êste ca lôr é a vida 1 Anos depois, em luxuosa alcova, indo o mesmo doutor visitar a infeliz que definhava no seu leito de dôr, Murmurava ao se nt i-la em fôgo e o pulso acelerado e fórte : -Ai ! sempre a febre! E êste calôr . . . (baixinho)" êste calôr é a morte !" Pois bem, a nos passados, manuseando eu revistas cariô– c.as , na "Agência Mar t ins", nwn a, ilustrada, encontrei os se– guintes ver sos de Mário Belmonte :

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