Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

92 . . REVISTA DA ACADEMI A PARAENSE DE LETRAS níl, Amôr e aritmética, Cousas efêmeras, O poéta e o mar. A melhor esmola, A primeira fôlha, Sonho, Contradições, O mergulhador e a pérola, A viúva, As duas lágrimas, Os so– nhos, .Nobre orgulho, Lágrimas de rosa, Desejo impossível, Esperança. Pretendo escrever, para bulir com a gente d'aqui; escre– ver uns estudos sôbre poétas e literátos do norte, e então tratarei do seu livro que deveras me agradou. Peço-lhe que me releve o não lhe haver respondido há mais tempo. De seu colega ·e amigo muito admirador-Sílvio Roméro-9J5J900". E resta-me testificar à memória do poéta os lemas de mi– nha exaltada admiração. ANIMADOR DA LINGUA O professor da língua nacional cuja influência no nosso meio lhe deu fóros oraculares, de modo que foi durante mui• to tempo o mestre a pontificar a última palavra nas questões pendentes; aquêl.e cujo prestígio aç.imbarcou o post o de orador das mais importantes associações, das· mais solenes festas de civismo e inteligência, não podia morrer inédito. E constituiram sucesso a1o primeiras edições europeias da Gra– mática Primária da Lingua Portuguêsa e da Gramática Com– plementar, a última posteriormente publicada contendo em suplemento o esbôço dos primeiros capítulos da Gramática do Professor, dedicada especialmrmte aos professores do ensíno elementar no Estado. . Pude vêr, entre pa peis amarelecidos pela ação do tempo, honrosas notícias não só de jornais do sul como de Portugal elogiando os trabalhos didáticos de Paulino. Ressaltam essas notícias o mérito do autor, em quem des– tacam o conhecimento dos progressos filológicos, de sorte, diz o "Diário de Notícias", de Lisbôa, "a realizar um com– pêndio que, baseado naquéles progressos, não embaraça o aprendizado das escolas com terminologias difíceis, taxeono– r!1..ias casuísticas e lexeologias profundas, que têm ótima ca– bida nos estudos superiores, mas ficam sempre deslocados no ensino primário." Seus t r a balhos Colocação dos Pronomes e Brasileirismos, séries de artigos da notável discussão travada entre Paulino e Cândido de F igueiredo, também mereceram r asgados elo– gios da imprensa. Conde nso-os nas seguintes linhas de Sílvio Roméro: - "Rio de Janeiro, 26 de março de 1408. Meu caro Paulino de Brito. Saúde. Não tive o prazer de ler o seu livro d'Os Brasileirismos; mas tenho me regalado com os artigo5 que, sob o mesmo título tem v. publicado no "Jornal do Co– mércio''.. Estou encantado! Eu bem pressentia que verdadei- 1·amente aquelas cousas deviam ter sido ditas de muito t em– po a esta parte. Tinha eu lido, por certo, quasE' tudo que a gramáticos brasileiros havia parecido útil dizer a respeito dos nossos particularismos de linguagem, entre outros, Pa– ranhos da Silva, Batista ,caetano, Macêdo Soares, Heráclito Graca e tc.. Mas nunca se me havia deparado cousa ,tão ele– vad.á~ente escrita. O modo como v. explica não colocarmos uós os. pi:onomes .à .. maneira portuguêsa, .recorrendo .à .foné- ..

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