Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

ÍlEVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE L~TRAS 71 Sr. Presidente da Academia Paraense de Lêtres Sr. Cônego Manoel Barbosa Meus Senhores Minhas senhoras Não há como negar o trabalho fecundo, mteligente, in– tr.-nso e exaustivo, que os atuais historiador es brasileiros vem desenvolvendo, nas diversa~ unidades da federação, para a divulgação arnp.la da h istória nacional. Revelando documentos básico::: da npssa formação h is– tórica, detalhando episódios da fase colonial, int erpretando fatos à luz dos códices manuscritos, pesqu isan do a r quivos a procura de peçéls fundamentais, os historiadores contempo– r âneos n ão se cansam de avolumar novos capítulos, ao tômo definitivo da história pátria. As monografias r cg!onais, nestE: particular, fornecem um contingente notável aos estudiosos, na revelação de fatos que ligam os difere ntes cídos da evolução política brasileira, dando o significado exato da marcha da nacionalidade, a t ra– vés dos seus quatro séculos de existência. Se, na Amazônia, tem sido fecundo êsse trabalho, pelo esforço notável dos cronistas quE: tem revelado as fases da sua história, desde os a lbôres <la conquista ao esfor ço tenaz e valioso do lusitano, de vencer e ultr apassar as divisas geo– gráficas que o Tratado de Tordezillas impôs a Portugal, afas– tando as linhas que atravessavam, em cheio, as terras que hoje constituem a r iq ueza do vale, na Bahia, forçoso é con– fessar, vamos encontrar, em maior escala, o trabalho honesto e patriótico dos historiadores regionais, revelando de modo singular a história da capitania de Francisco Pereira Cou– tinho. Todos os aspectos da história bahiana têm sido estuda– dos com aquela meticulosidade que nos acostumamos a ad– mirar e a proclamar . Todos os escaninhos do valioso arquivo baiano, que é o ARQUíVO HISTóRlCO DA CIDADE, organizado por Os– valdo Valente, vem sendo recorridos; todos os dqcumento3 ligados aos 400 anos da valorosa cidade de Tomé de Sousa ~stão sendo compulsados, desempoeirados, carinhosamente traduzidos, expostos ao conhecimento público, pelos historia– dores baianos. Wanderley Pinho como contribuição aos festejos do 4. 0 centenário da instalação da cidade do Salvador, ideou, eluci– da Afonso Ruy, a execução de uma obra gigantesca, onde fi– casse moldada, definitivamente, a história da Bahia, sua evo– lução e grandeza. Dêsse esforço magnifico, devia aparecer a "HISTóRIA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DA CIDADB DO SALVADOR", que Afonso Ruy, historiador contempo– r â neo traçou, com aq11ela exp eriencia que o constante ma– n useio das peças dos arquivos p r oporcionam. É uma contribuição de elevado valôr cultural, tão notá– vel como aquêle outro trabalho de Donald Pierson- "BRAN– COS E PRETOS NA BAHIA - estudo de contacto racial",

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