Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

68 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS O Pará perdeu o seu maior clínico e um grande homem. Nós, que com ele convivemos, intimamente, sentimo-nos per– feitamente à vontade para dizer que Acilino de Leão era um nomem de caráter, como caráter possui todo aquele que faz do bem o símbolo de sua existência. O bem é uma subida que não cansa, já disse um poeta. Por isso mesmo, Acilino de Leão não cansou nunca e morreu éomo se estivesse subindo a grande escadaria de ouro do bem e da bondade. As flores jogadas na sua sepultura, as lágrimas verti– das à beira do seu túmulo são o testemunho eloquente e in– desmentível do quanto o Pará o queria, do quanto o Pará o amava, do quanto o Pará o venerava. ·silêncio, leitores ! Curvemos os joelhos à terra, baixe– mos os olhos, elevemos a alma ao céu e peçamos a S. Fran– cisco de Sales a paz de espírito de um homem que só semeou o bem num mundo cheio de ódios, de vinganças, de invejas, de egoísmos e de infâmias. 29- 9- 50.

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