Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

'30 'REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS CANTOS DALMA De• CURSINO SILVA Cn rsino Silva, cadeira n. 35 - "Santa Helena J\1agno" Minha a lma - triste velhinha, de cajado e passo lento, de cabeça tão branquinha, vai ao sol, à chuva, ao vento, em busca de um sonho morto ! Ah ! sonhos da cor da aurora, que minha alma, no seu Horto, adorava a tôda a hora ! Minha alma tôda tremendo, pelos invernos da Vida, vê seu sonho ir morrendo, - e ela, a morrer esquecida! E neste solar deserto, onde a velhinha moureja, não há luz de sol aberto, só a treva aqui negreja . Minha alma, chora, minha alma, pelo teu sol que ficou ! Chora, velhinha sem calma, que o teu sol também chorou ! Canta, velhinha, canta, do teu corpo a soledade, canta, velhinha, canta, o funel'al da Saudade ! • 1

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