Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

54, REVÍS'Í'A; DÁ ACÁDEMIA PARÁENSE DÊ LET:nAS O ROMANCIST A De. MARQUES DE CARVALHO João Marqu es d e Carvalho, pa– trono da cadeira n. 23 A página que se vai lêr foi extraida do livro ele João Marques de Carvalho, patrono da cadeira n. 23, intitulado "Galeria de Poetas - Paulino de Brllo - Perfil literá rio", publicado em _1887, nêste Estado. Paulino de Brilo também é patron o da cadeira n. 34, da qual foi último ocu))antc Helio– doro de Brito. Paulino d e Brito, ao sentir-se anim ado para ns lutas literá– rias, fl11ou-se à escola européia que em 1830 destroçou os clássicos : é um romântico. A leitura que te,·c em sua juventude, - leitura com– posta de peças daquela escola, entíw no fastígio da glória, - deu-lhe uma Intuição literária diferente dessa moderna que é a poderosa má– quina da la butação Intelectual de nossa época. Aconteceu-lhe o mesmo que ao Sr. VIihena Alves ( 1) : fez-se um scctnrlo de Macedo e d e Alencar. Faltou-lhe a grande fôrça cientifica Inspiradora dos romances de Balzac, de Stcndhal, d e Gustavo F laubert, dos Irmãos de Goncourt, de Daudet , ele Em!l!o Zola, de Huysmans, de Eça de Queiroz ; seguiu a tendência de seu espírito formado sentimentalista pelo "Moço Loiro", pela " Iracema", por "Paulo e Virg ínia", pela "Mor– gadinha de Valflor : criou O HOMEM DAS SERENATAS. (2). Acrescente o leitor habll!tado a ação mesológlca e n fôrça da edu– cação que Paulino de Brito recebeu e logo admitirá como fácil seme– lhante resultado. Quando o meu biografado começou a cultivar as letras, nenhum livreiro se atrevia a expor à vend a as obras daquêtes m estres, r epu– \fldOS de imorallsslmos pelos velllos oráculos das familias. tstea orá- r

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