Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSÊ ÓÊ LETRA~ Ouro Preto, sacrário generoso De amor, de unção, de paz, de liberdade, Rincão tranquilo e ninho deleitoso No silêncio de tanta soledade, Pouso encantado, descantar saudoso, Saturado de eterna eternidade, Em ti Dirceu, Marilia se divisam Com seus sonhos de amor que se eternizam ! Goiás, perdida nos rincões bravios Das terras de Anhanguera, fabulosas, Junto à Serra Dourada, aos arrepios Das bandeiras, em marcha, aventurosas, Melancolias e vergeis sombrios Do Tocantins, nas quedas fragorosas, Excelsa unção, desfeito paraiso, Velha saudade de imortal sorriso! Cuiabá, sacudida na distância De mundos sobre mundos assustados, Vanguarda de bravura e de constância, De excelsos feitos, de vigor sagrados, Vaga das vagas, resplendor, fragrância Dos astros mudos, de emoção parados, Poema fulgurante das bandeiras Derramado nas terras brasileiras ! O Rio entre ciclópicas montanhas Do mar se erguendo em práias aljofradas, Das serras a crescer, de entre as entranhas, Cimas de luz, à luz das madrugadas ! Asa, ninho de glórias e de estranhas Grandezas, pelo tempo, alcandora'das, Alto esplendor do céu, solto em corbelhas, Entre as vozes do mar, e o céu de estrelas ! E quantas outras na distância enorme Das terras extensão miraculosa E cada qual, ao seu viver conforme, Nos integrandt> a Pátria mais famosa, Alta, soberba, imensa, desconforme Cheia de sol, vibrante, esplendorosa, Cidades e cidades altaneiras De nossa glória, eternas pioneiras !

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0