Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE: DE: LETRAS Paraíba, atrevida fortaleza Da fortaleza altiva de Negreiros, Império de altivez e de firmeza, Padrão de glória, em gestos altaneiros, Cidade de primor, vigor, grandeza, Terra bravia de viris guerreiros, Solar de Peregrino e Henrique Dias De altas proesas de valor, bravias ! Recife e Olinda, lindamente estreitas Por sobre o mar, em plagas encantadas, Largo marulho de emoções refeitas, De nobre orgulho nobremente ornadas ! Gemeas irmãs do claro norte, eleitas, Por funda noite, à luz das madrugadas Se ouvem do mar, os brados dos valentes Dos bravios heróis independentes ! Maceió, reclinada à luz dos lagos, Em face ao estrondo e resplendor do mar, Desfeita ao sol, aos languidos afagos Da solta ventania a bravejar, Constante à voz de seus anseios magos, A florir, a crescer, sempre a marchar, Cheia de encanto, de vigor, de vida, Ebriez de trabalho e eterna lida ! Aracajú, na terra de Tobias, E de Sílvio Romero, os dois titãs, Cidade de esplendor e louçanias, Na miragem de luz e aureas manhãs, Orgulhosa de excelsas galhardias, De seus mares, em flôr, e auras louçãs, Cidade amor, à luz de meu carinho, Cratera de ouro, transbordante em vinho ! Oh, cidade do Santo Salvador! Dominando a colina, enchendo o mar, Primogenita filha do valor, Altos dias de glória a recordar ! Do holandês jugulaste o audaz furor E surgiste liberta em teu sonhar, Terra de Ruy, batalhador, t ão linda Como a bravura desse bravo infinda ! Porto Seguro, aonde, por primeiro, Se ergeu a cruz na plaga sober ana, Que lindo sol ! o ma r a lvissar eiro Bramindo em brados de potência insana, Crescia ao largo o vento aventureiro .. E alumb rados d a gente lusitana Bandos selvagens, mudos se extasiam No mistério de amôr que ali sentiam ! .... .

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