Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)
íl REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 11 vum ex ovo, como disse Harvei) ; philogenicamente, duma celula inicial, partícula primeira de matéria viva, que sur– diu à superfície da terra, para evoluir lentamente, modifi– car-se, desenvolver-se, até os mais complexos organismos àtuais. Assim, a definição de Pizarro é a mais Filosófica, por sintética, e por melhor se ajustar à verdadeira teoria da bio- génese. · O mesmo Spencer, em outra maneira, já. havia expresso idéia idêntica : "A matéria orgânica reage de um modo es– pecial aos agentes de em torno ; em consequência da extre– ma instabilidade dos compostos que a constituem, l eves de– sarranjos ambientes podem causar novas e mui amplas dis– tribuições ; e quando esses átomos, dispostos dum feitio ins– tável, passam a ordem mais estável, quantidades de movi– mento, duma grandeza proporcional, se desprendem" . O só argumento a lhe opôr, é que o protoplasma não é unicamente uma noção química, mas ainda morfológica . Assim, certos biolÔgistas admitem que as partículas elemen– tares de matéria viva têm dimensões muito maiores que as moléculas. A esses elementos primários hipotéticos do pro– toplasma, Haeckel deu o nome de "plastklulas", que seriam ligadas entre si por filamentos mui delgados, e animadas no estado ativo de movimentos viratórios e ondulativos. Assim, aceite a hipotese, - a vida é a resultante da ins– tabilidade plastidular do protoplasma. Com a estabilidade das plastidulas dá-se a morte ; os elementos anatômicos ou celulas se destroem, e o que foi um ser vivo cai sob o im– pério exclusivo das fôrças físicas, voltando ao mundo mi– neral de onde saira.
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