Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

176 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS dos festejados para divulgação nas escolas e e!3ucação clvica da juve ntude; . VII - comparecer a certames culturais. . que sa rcah~arc~ !1º país ou no exterior, e para os quais tenha sido a Academia previa- mente convidada : _ VIII - organizar a bibliotPca da Academia por meio de cloaçoes e dar à mesma o característico de "circulante" entre os membros e conoeradores da Academia : _ IX - contribuir com estudos e pesquisas oara a elaboracao da história literária do Pará, levantando desde já um fichário bio-bi- bliográfico : • ó · X - cnoperar com os poderes públicos no culto a mem ria de brasileiros ilus tres, notadamente paraenses, cujos nomes devam ser repetidos e consagrados pela posteridade. Missão junto à Academia - Desde o ano de 1928, quando, ao vir de Manáus a Belém. trouxe uma mensagem de cordialidade ela Academia Amazonense de Letras para a sua congênere paraense, comecei a colaborar com os confrades no sentido de ver sempre em destaque a nossa Academia. das mais antigas do Brasil, pois a sua fundação vem de 3 de maio de 1900. Considerando êsses meus propósitos, continuamente revelados, a Academia Paraense, em dezembro daouêle ano de 1928, realizou uma sessão especial. com que fui merecidamente distinguido e que revelava o al?rndecimento l'eneroso do sodalício ao confrade ama– zonense a seguir eleito sócio correspondente em Manáus. A imprensa noticiou essa reunião, em que usaram da palavra, destacando a missão de que fui investido, alguns saudosos confra– des, sob a presidência de Luis Bar reiros. Ingresso no quadro efetivo - Em 1935, de novo em Belém, já então com â nimo definitivo de residência neste Estado, por ocasião de um novo surto de atividade da Academia Paraense. sob a pre• sldência de Oswaldo Orico, fui então eleito membro efetivo e per– pétuo, para ocupar a cadeira, então existente e vaga, do Padre An– tônio Vieira. Em 1940, porém, com uma nova reorganização do quadro dos pat,ronos, por exclusão dos que não eram naturais do Brasil, foi escolhido o nome de João de De us do Rego para a ca• deira que me havia sido destinada . Com essas alterações havidas, não cheguei mesmo a empossar-me na poltrona Padre Vieira, sendo, por fôrça de novos estatutos, de 17 de fevereiro de 1947, art. 13, considerado titular efetivo da cadeira João de Deus do Rego. O antil?o e brilhante poeta e jornalista, que fôra redator-secretário da "Folha do Norte". ficava sendo patrono de seu mortesto colega, de muitos anos depois e que viera a exercer idêntica função no Grande diá rio paraense. O arquivo da Academia - Ao assumir a presidência da Aca– demia, em maio de 1949, solicitei conhecer o arquivo social e quase nada me foi entregue senão apenas dois livros ; um de presença às sessões e outro de atas, que têm ambos a sua história e que são, com o presente relatório, restituidos à nova administração. :tsses livros são : A) Presença de acadêmicos às suas sessões, a partir de 14 de fevereiro de 1929 até l.º de maio de 1949 quando, pelo seu dema– siado uso, foi o livro encadernado para ser integrado no arquivo da Academia. B ) Livro de atas, r econstltuldas desde 5 de setembro de 1940 pelo secretário Oswaldo Orico e continuado até 1.0 de maio de 1949, quando houve a eleição da administração que ora finda. Biblioteca Social - Essa dependê ncia da Diretoria práticamente não existia, desde velhos e dila tados anos. Cumprindo todavia uma decisão que vinha desde muito, mas que não fôra ainda executa– da, !3dquiri pelo preço de Cr~. 1.200,00 pré viamente ajustados na gestao an_te_rigr, uma moderna estante de freijó envidraçada, e com quatro d1v1soes móveis, trabalho da Fábrica existente à Rua de Santo Antônio, nas vizinhanças da Associação Comercial . Essa estante, que possui em s ua cornija o emblema da Acade• mia, em madeira, com relêvo, foi recebida e, como estivesse em obras o Instituto de Educação, nossa sede provisória, foi colocada numa dependência do pavimento térreo do Palácio do Comércio, onde permaneceu até o inicio dêste ano, quando, por deliberação d:i Diretoria, foi resolvido confià-la à Biblioteca e Arquivo Público do Es tado, então dirigida pelo nosso confrade Ernesto Cruz. P ertencia ao programa transcrito a organização da biblioteca da Academia, por uma campanha para aquis ição de livros, por doa– ção, ou por compra. Infelizmente a propaganda da biblioteca, que foi sendo adiada, não chegou a obter o ê~to dese,ad9.

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