Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

160 REVISTA DA ACADEM~A PARAENSE DE LETRAS NATAL V E R S O S de ROCHA MOREIRA Rocha Moreira, ultimo ocupante da cadeira n, 37 Ao brilhante espírito do cônego dr. Jean Crolet Natal! saudades da longinqua terra ... Sinos cantando . . . e ao píncaro da serra, a capela gentil do Bom J esús entre as ramagens virides branqueia, enquanto a argêntea luz da lua cheia abre na várzea a prateada luz . Dias que foram ! . . . Como r ecordá-los, do tra ba lho, nos -curtos intervalos, fazem sofrer meu pobre coração .. . Tempos da minha louca meninice, meu pai e minha mãe . . . Quanta meiguiee, e u, da vida, gozei n essa estação ! Natal ! O Mucur ipe, além, surgindo . Coque ir os verdes sobre o mar abrindo os leques, e eu , ao lado de meus pais, conch as de madrepérola cat ando n a p ráia, sinto os sinos derramando os son s alacr es p elos areais. Pastor inhas, pandeiros, risos, cantos, a cap elinh a da Saúde, os santos de olhar piedoso, em nichos a luzir, tudo me pa ira inda na men te, agora, como esse r iso de Nossa Senhora, mágoas e dores, dúlcido, a lenir.

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