Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

124 REVISTA DA ACADEMiA PARAENSE DE LETRAS SONETO De DJARD DE MENDONÇA Amando tanto quanto amar devia amava mais do que este mundo pensa; mas se esperasse pela r ecompensa que tu me deste, nunca te !amaria. Cego que fui em dar-te essa valia a qual pagaste, com tamanha ofensa. Que essa paixão que apregoaste imensa de tão pequena pouco merecia. Fora me lhor não ter vivid o amando do que andar percorrendo como ando o escarpado Calvário desta sorte, Sob a sina fatal e desmedida de carregar a cruz da minha vida que é justamente a cruz da minha morte.

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