Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 119 A VOZ DA AGUA SEVERINO SILVA Severino Silva, socio honorário p erpetao da A t ~.dem!a A água imensa, a água azul, que aos meus pés escachoa rebentando em bulcões contra os duros pareeis lembra um grito de Antheu, tufão que estala e atroa, e o estrupido marcial de bravios corceis. Esta voz, ora ultriz, depois canora e boa como balada de jograis e menestreis, voz de amor, voz de dor, asa que sonha e voa, verbo de luz e paz dos mártires reveis, É a evocadora espiritual do meu passado . . . Ela desdobra, estéril, negro ao meu olhar, aos meus olhos de dor, todo o caminho andado . Eu sou,. a um fim de tarde, erma, arquejante e linda o pastor que se vai, pelos campos a errar . . . ' E o meu r ebanho longe . . . E o amor mais longe ainda . , ,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0