Revista da Academia Paraense de Letras 1952 (Janeiro v2 ex2)

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ~ Por atalaia gigante ou em sinal de defesa, do granito mais possante levanta uma fortaleza negras muralhas ao sul. Outrora adornadas de aço, faziam troar o espaço dos canhões seus com o fracasso, no vasto horizonte azul. Outrora, quando ascendia sôbre aquela grimpa ingente, entre os sons da artilharia p pendão aurifulgente, o auriverde pavilhão : trajava a cidade inteira alva roupagem faceira, pela data brasileira -.ou festa de devoção. Então, que alegre não era ver-se o lêdo rodopio, em manhãs de primavera ou nas tardinhas do estio, de um povo em festa a folgar : moças com laços de côres, raparigas com mil flores, rapazes buscando amores ... tudo era rir e brincar ! Hoje. . . lá jaz o colosso Quase em total abandono, formando quase um destroço na triste mudez do sono do desprêzo mais cruel. É correção de soldados ; é presídio de forçados ; é terror de condenados ; de criminosos, quartel. Hoje, o bronze já não salva da galharda bateria, quer assome a estrêla d'alva quer venha a findar o dia . ' Não fôsse a lut a fera! do rio-mar com a procela ou os brados da sentinela quando, acaso, à noite vela fôra t udo em paz mortal .. '. t t I t II t t t •• t I t t t t t t t t t t •• 1 to I t t • • t

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