Revista da Academia Paraense de Letras 1950

1 r --- --------------- -- --- REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 85 ·vERSOS Á VIDA QUE PASSA... (Recitados pelo seu venerando autor, Heliodoro de Brito, na sessão de 7 de maio de 1950, realizada em sua home– nagem, pela Academia Paraense de Leta:as). Como uma nuvem que passa a vida vai-se depressa; é sombra que se adelgaça, murmurio que logo cessa. Rápido fosse, entretanto, Esse momento fugaz: - mas fosse isento de pranto e das misérias mortais. Mas do tempo a tirania Da vida, o que é bom, encurta, e o mal tanto mais amplia quanto é o 1 bem que nos furta. Entanto, eu já não quizera que da vida o leve instante fosse eterna prim.avera do pesar sempre !'.listante; Mas, quem nos dera que a sorte dando-nos menos idade, em troca mandasse ia morte logo após a mocidade! Graça tal n ão mais pleiteio, Sorte! é tarde, como vês; mas ouve o que tanto anseio, moço, faze-me outra vez! .N. da R. --, O autor dessas expresivas estrofes, HELIODORO DE BRI– TO, foi um dos fundadores da Academia Paraense, em 1900. Em 1950, por ocasião do jubileu dessa entidade de letras, era o único sobrevivente e por essa causa e ainda por seus altoa merecimentos, recebeu a consagração que lhe foi feita no Teatro da Paz, ,a 7 de maio de 1950.

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