Revista da Academia Paraense de Letras 1950
• 76 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS UM POEMA DE ADALCINDA : Si I encio, meu· filho dorme Noite que inundas o mundo de sombras movediças pelas estradas soturnas dos desviados do amor, ' prende a respiração da tempestade e o ribombar enfurecido dos trovões que dormem! ... Luz da V.:,a-látea, branea, em cujo leito dormem os astros recem- [nascidos, alu:mfa bem o caminho do limbo por onde desce a doçura divina do sôno dos querubins; Mlúsica mística, sons que passeham pelos espaços sem alamedas, vento que vens de tão longe, tropego e exausto, pigarreando, descança na minha sepultura inda sem flores e sem pranto! Brisa que vens de tão perto, do úmido lábio do oceano, fica comigo que eu te conheço bem as mãos e os pés descalços e levissimos ! Vozes da rua, modinha triste que vens da boca dos marinheiros ado– [lecentes, passem depressa, em silêncio, que meu filho dorme ... E o seu sôno é leve como folhas voando, como nuvens nascendo, como a luz do dia amanhecendo. como as flores que murcham, em cujos pés estou resando! DEPOIS DE SUA PRIMEIRA RECONSTITUIÇAO, em 1913, a Aca– demia P.a:raense de Letras, perdeu por falecimento os seguintes de seus elementos constituintes: João Afonso do Nascimento, conego João Crolet, Lwz Barreiros, Valente de Andrade, Olavo Nunes, Jaime Ca– lheiros, Tito Franco de Almeida, Felix Coelho, Raimundo Morais, Te– rêncio Porto, Moreira de Sousa, Alfredo Lamartine, João Pedro de Figueiredo, Martinho Pinto, Manuel Barata, Bento Miranda, Inácio Mcura, Dejard de Mendonça, Antonio e João Marques de Carvalho, Bertoldo Nunes, Carlos Pontes, Laudelino Batista. Dsde a sua segunda reconstituição, em 1928, perdeu mais os se– gu!ntes: Genuíno Amazonas de Figueiredo (do Amazonas); Misael Corrêa Seixas (Pará); Elmano Queiroz (Ceará); Eustaquio de Azevedo (Pa– rá) ; Eladio Lima Filho (Pará) Carlos Estevão de Oliveira (Pernam– buco); Alves de Sousa (Pará); Alcebiades Buarque de Lima (Pernam– buco) ; Alfredo Lamwrtine Nogueira (Ceará), e Apolinário Pinheiro Moreira (Pará) .
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