Revista da Academia Paraense de Letras 1950
70 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Finalmente, chegou da vida a luta insana, Relegando ao passado a "Creoula" e a "Caiana". E logo o meu "BANG'ú11:", num ritimo voraz, Passou a triturar Todas as canas dos canaviais Que o destino me fez atravessar! E, assim, numa sequência célere, expedita, Foram trazidas pelos "Cambiteiros" A "Pêojota", a "Salangô", a "Fita" E a dura "Cana-Roxa" àos aceiros. E êle sempre a moer, moeu-as todas Todas aquelas e outras mais ainda, Nessa moagem prolongada, infinda, Em que as mcendas qua.si ficam doidas! ... E, enfim, que resultou de tanta atividade? Desse esforço sem par, que foi que lhe ficou? Moendas estragadas ... E a saudade: O bagaço das canas que esmagou! Belém, 3 - 944. A Academia Paraense de Letras está slstematizando a sua bibJ:oteca, aceitando e agradecendo a remessa de livros e publicações destinadas ao seu patrimônio bi– bliograffoo. A r emessa poderá ser feita diretamente à Aca– demia, cm sua séde provisória: Instituto de Educação do Para - Belém. A Academia Brasileira de Letras realizou a sua primeira reunião, de fundação a 15 de dezembro de 1896, sob a presidência de • Machado de Assis, sendo secrctáno.s Rodrigo Octavio e Pedro Rabelo. Coube a Lucio de Mendonça expôr os fins da reunião, desti– nada, "à fundação da Academia de Letras, recordando o pensamen– to dos iniciadores da idé:a de a ver ,aceita pelos poderes da República, partindo do Govêrno o ia.to da criação do instituto". Entretanto , essa idéia n ão f oi concretizada por ato oficia l, de modo que, áquela data, . era funda da a Academia por iniciativa de intelectuais. o projeto de estatutos foi elabonado pelo paraense Herculano Marcos Ing·Iês de Sousa. Outro paraen se foi um dos fundadores da Academia Brasileira: José Veríssimo Dias de Mia.tos. Em 1950 h á apenas um paraense na Academia BrMileira: Os– Yaldo Orico, que foi presidente da Academia Paraense de Letras. 1.
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