Revista da Academia Paraense de Letras 1950
SUHSIDIOS HISIORICOS SOBRE n flCflOEMlA DE lEmns (Do livro "Literatura Paraense", da autoria do extinto escritor J. Eustaquio de Azevedo, páginas 100 a 108 . Edição de 1943, das ofi– cinas gráficas do Instituto Lauro Sodré) . ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS - A lembrança da funda– ção no Pará de uma associação de letras e artes, com o titulo de Academia Paraense de Letras, vem já de muito longe ... Levantada essa idéia em 1889, depois de ·extinta a Mina Lite– rária o saudoso escritor pa:raense dr. Alvares da Costa promoveu, com 'aquele fim, uma reunião na séde do Clube Euterpe, em maio daquele ano, de parceria com os falecidos jornalistas e diplomatas, cfr,5. Enéas Martins e Artur Lemos. Foram, porém, improficuos os seus esforços, pela indolência dos letrados regionais, da ocasião. Deve-se, portanto, ao dr. Alvares da Costa, saudoso escritor e jornalista secundado por Enéas Martins e Artur Lemos a primitiva idéia da iundação de uma Academia de Letras, entre nós. Mais tarde, a 23 de janeiro de 1900, igual gesto teve o escritor e joimalista João Marques de Carvalho, juntamente com seu irmão Antonio, Paulino de Brito e Candido da Costa. Reunidos na séde do J:Í citado Clube Euterpe, trataram por sua vez ,da fundação da dita Acadenúa. Sob a presidência de J , Marques de Carvalho, foi eleita uma diretoria provisória, sendo logo indicados e eleitos 30 membros, era-• veira dos p.ares da academia nascente. Al:. sessões preparatórias que se seguiram eram realizadas em pontos vários. Ora no Clube Euterpe, ora na Escola Prática de Co– mércio, ora no chamado Salão Ciel, da extinta "A Província do Pa– rá", onde calhava ... Eis que chega o dia 3 de ma io de 1900, data em que o Brasil erradamente oom-emorou o 4. 0 centenário de seu descobrimento (e digo "eri:a:.damente", porque já ficou provado ésse erro, pelos nossos Inst itutos Históricos e Geograficos) e o Govêrno do Pará. tomando parte nas festas désse dia, organizou uma sessão cívica, n o Teatro da Paz, na qual foram inauguradas - em conjunto com o I nstituto Hl.í.stórico do Pará - a Academia P.araense de Letras e a Liga Huma– nitária, de saudosa memória ... Um belo dia, após 3 ou 4 sessões preparatórias. nas quais foram recebidos, na intimidade, mais alguns de seus membros a Academia desaparecia ,e ninguem mais dela falou... ' Passados que foram 13 anos - em agosto de 1913 - Rocha Mo– reira, o saudoso poeta do "Pan", e M-artinho Pinto, então estudante de Direito, tcmaram a si a tarefa de fundar uma associação que re · unisse em seu seio todos os que se davam, no Pará, ao cultivo cru; leti-as. ..:,·
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0