Revista da Academia Paraense de Letras 1950
REVISTA DA ACADEML\ PARAENSE DE LETRAS ?H Assim sendo, cs institutos de ensino jamais conseguem reunir economias, e, muito menos, constituir patrimonio, de vulto e molde a se independizarem, sem auxilios complementares. • For tal causa, em falta tambem de doações avultadas de filan– tropos, cabe ao govêrno crear e realizar o patrimonio indispensável, a fim de essa entidade exercer plenamente uma ampla e completa finalidade cultural. Nos Estados Unidos, o govêmo e os milionarios altruístas sabem dotar generosamente essas instituições. Por isso, os seus museus riquíssimos põem ~ mão do estudante e do povo os meios de que carecem para sua ilustração mental . b) Auxilio do governo ao professor para trasladar-se aonde os interesses do ensino aconselham. Na falta de recursos financeiros, quer da instituição. quer d() professor ou aluno, a cujo favor se cogite o auxilio necessário para trasladar-se ao ponto que se visa ,o governo fornecerá esses recurso.'í. o magnânimo D. Pedro II, glória do Brasil, custeava de seu bol– so com grande prazer e carh1ho, os cursos que iam fazer no estran– geiro sábios e estudantes pobres. A ess-a espontânea gienerosidade, deve-se a gloria de Carlos Go– mes cujas operas e operêtas colocaram o Brasil entre as nações da mais elevada expressão de cultura musical. c) Os estabelecimentos de ensino, com vida economica autônor.,a e suficientes recursos pecuniários, farão à sua custa e obrigatória– mente anualmente, o intercâmbio intelectual, enviando catedráticos a dar 'conferências ou cursos em estabelecimentos de significada ex- • pressão cultural, ou para fazerem estudos de utilidade à ciência çiu ao povo em geral. d) Barateamento de passagens, por terra, ar e mar aos intelec– tuais em transito para a missão sagrada do intercâmbio intelectual, afim de facilitai:, estimular e realizar a penetração da cultura eni todo o país . Vinte quatro de .Áiaio J\01 vet2rnno1 da guerra do Pnragual ROCHA MOREIRA 24 de Ma io. A guerra, o horror, a sanha dos guerreiros a errar no fragor da peleja.; a t erra em sangue e o san gue o campo extenso banha. enquanto do canhão a voz brame e troveja. Longe o estado-maior. nobre e esquisita aranha Tece 'ao som do cla rim, que no combat e harpeja Essa'teia de heróis, grande, f ormosa e extranha ' Que se move em redor do inimigo que arqueja . . . Campos do Paraguai! 65! A Glória! Noites longas de horror, negros e tristes dias E depois da batalha, os hinos da vitória. . . ' Laguna, Itororó, Curuzú, Avahí, O passado . Gurj ão, Tiburcio, Herval Caxias . . . E hoje o Brasil sois vós, bravos de Tuiu.tí!
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