Revista da Academia Paraense de Letras 1950
50 REVIST'A D'A ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS E' certo que já temms a I. A. B. (Instrução Artistica Brasileira) em todos os Estados; porém, falta-nos o interc-âmbio dos sábios, em todo genero. Mew:a Brasil não percorreu os Estados brasileiros, a ensinar a perreicão de sua arte de operador-oculista. ós clrs. ~guel Pereira Juliano M!oreira e outras sumidades, não r.airam do Rio, Brasil em fóra, a mostrar a sua ciência milagrosa de curar. Clovis Bevilaqua Lafayete Pereira Carvalho de Mendonca. ln– glez de Sousa etc. Jamais fizeram cursos pelas Faculdades de Di- teito do País. ' • Não é, própriamente o interesse de ouvir uma descoberta; mas, a, arte de conhecer o método de ensinar ou de expôr a materia. a lin- 6uagem, as imagens que objetivam o sentido abstrato do assunto. Frequentemente, observa-se que grande porc-entagem de lentes não têm as qualidades de pedagogo, fato esse que prejudica os 2l'u– rros, pois quasi nada aproveitam com tais lições. Outros porém têm o dom natural de ilustrar os espirita.;; dos docentes peia clareia da linguagem de que usam e pelo metodo pra- tico da exposiçã:o . ' • Por esse motivo é uma necessidade a permuta de professores para cursos especializados e para variar 'm,elhorando, o metodo e o f.undo da disciplina. • G) - PELA IM!PRENSA Em nosso tempo, a imprensa se tornou um poderosissima força ' sos~al e per isso, orientadora das massas. De certo modo, por seu preço exíguo ao alcance de todos a im- pr.ensa é o livro de todos. ' • Bem orientada por espíritos patrlotícos e honestos, é capaz de !llevantar o nível da massa anonima. ótimo veiculo portanto para o intercâmbio intelectual. ' • Seria pleonasmo recordar que somente pela propagando. do9 j'o-rnals , se l:lublevara= quarte is e uma nação inteira. E' indispen.savel, pois, insistir nesse i::ssunto. HI - PELO ESTABELECI1\-1)ENTO DUM INSTITUTO COORDENA– DOR E DISSEM'.INADOR DAS OBRAS E TRABALHOS DE VALO& Não seria impossível c-rear um centro de cultura que recebes– se todas as idéas e produtos do talento e em seguida os irradiasse pelo Brasil inteiro. Serta dessa forma seiltelhante a mn refletor que acumula para logo irradiar . ' ---- -- As atividades de ordem economica ou financeira, necessárias. para. o estabelecimento do intercâmbio intelectual brasileiro: a) a creação dum patrim.onio aos estabelecimentos de ensino se– cundário e supe1ior. Utna força que a.ssegura a consolidacão da vida dos institutos cul– turais, é a independência econômica dÕS mesmos. Os estabelecimentos de ensino secundário e superior reclamam dispendios. Ao lado dos gastos para pagamento dos vencimentos do corpo docente-, avultam os gastos de conservação do imovel corresponden.– cía secretJa.rla, mobiliário, bibliCi>teca, publicidade, etc.' ' As verbas ordinárias não bastam. (
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