Revista da Academia Paraense de Letras 1950

..____ ________ --------------~~----.~-----• , , 1 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS 93 -se sentia feliz em poder prestar tão "Valioso serviço à Academia, em cu– jo meio ele se sentia honrado por saber que ali estão os vultos mais brilhantes das letras regionais, as– segurando que, no limite de suas _possibilidades, tudo faria junto ao _poder legislativo bem como ao po– der executivo para conseguir a doação do predio da Faculdade de Direito par.a séde oficial do Soda– licio. A senhorinha Murilo Menezes fez entrega a::, dr. Heliodoro de Brito de um bonito "bouquet" de flor& :nat'urais, sendo encerrada a sessão às 11,30 horas, ficando marcada ·-Outra o próximo domingo, 21, às 9 .horas, no Palácio do Comércio, quando o dr. Orlando_L·ma, pro– nunciará uma conferênda sôbre o tema "Singularidades da Língua .Portuguesa". --·- (Dos jornais de 16-5-950): RECEPÇÃO AOS "IMORTAIS" NO INSTITUTO HISTóRICO E <GEOGRAFICO - Das 9 às 11 ho– .ras da manhã de domingo, dia 14, -o Instituto Histórico e Geografico do Pará, abriu os seus salões para receber a visita de membros da A– cademia Paraense de Letras, numa demonstração de simpatia e solida– !ie~de cultural pelo decurso do Jubileu da última instituição, estru– ·turada em 1900. Presidiu a sessão do Instituto, o sr. major do Exércit o dr. Josué Jus– 'tiniano Freire, escritor militar en– genheiro e professor que tinha à .sua direita o dr. Afbnso C-avaléro, representante do governad-::ir do Es– tado, e professor P.aulo Eleutério Senior, presidente efetivo da Aca– demia Paraense; à esquerda o sr. vere~dor Adolfo Burgos xavier, presidente da Câmara Municipal de Belém, e dr. Acilino de Leão, ·presidente honorário da Academia, <estando em seus postos os secretá– rios major Adolfo Dourado e dr. Jo– ;sé Mlarcos dos Santos. Teve a p.alavra, então, o sr. te– nente-coronel do Exército Mário da Silva lVf&chado, orador do Ins– tituto, que proferiu uma brilhante peça literária de saudação aos membros da Academia ,exaltando os merecimentos e as tradições des– ta, em conexão com os estudos de história e de geografia, preocupa– ção do Instituto. Calorosos e vivos aplausos recebeu o ilustre militar, que foi cumprimentado por todos. Em nome da Academia respon– deu, em belo e elorwente improviso, o poeta De Campos Ribeiro, que fez um estudo analogico da saudacão do orador do Instituto, referindo- as simiilitudes entre os que constituem o venerando sodalicio e a Academia de Letras. Muitas palmas mereceu o orador acadêmico. Seguiu-se com a palavra o dr. Artur Napoleão Figueiredo, do Ins– tituto, que fez uma evocativa con– ferência sobre 13 de Maio, a data memoravel da libertação dos es~ cravos, recordando as máximas fi– guras da campanha da abolição. ~ind,a .~obre esse tema, falou o dr. Anisio Chaves, que recitou sonetos de sua lavra sobre a filosofia cris– tã e a mãe preta, como símbolo da. redenção dos cativos. A assistência ouviu, a seguir, com encanto e prazer, o poema "Visões de Paris", recitado pelo seu imagi– noso autor, o poeta Rodrigues Pina– ?;é, membro da Academia, que re– cebeu uma consagração de aplau– .;os. A representação da Academia, no [nstituto, estava ccnstituida dos ,rs. Acilino de Leão, Paulo Eleuté– rio, Sen:or, Orlando Lima, De Cam– pos Ribeiro, Murilo Menezes, A ver~ tano Rocha, Jurandir Bezerra, Ro– j rigues P!nagé, Paulo Eleutério Fi• lho e o sócio correspondente co– !llandante Murilo Ribeiro Lopes. Ao encerrar a sessão, o presiden– te Josué Freire fez uma entusiasti– ca digressão sobre 13 de Maio, con– cluindo por exaltar o sentido de cr-rdialidade entre o Instituto His– tóric.o e a Academia de Letras.

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