Revista da Academia Paraense de Letras 1950
J 92 REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS A seguir ,o sr. R<:>drigues Pinagé bre a homenagem que se prestava declamou uma poesia de sua lavra./. ,a Heliodoro de Brito fazendo en• · Dada a palavra ao sr. Murilo. trega à mesa de u~a poesia da Menezes, est~, em ~orne dos seus sua lavra, em louvor a Rodrlgue~ pares, proferm um discurso de sau- Pinagé. dação a Heliodor-0 de Brito, exal– tando o seu valor intelectual e mo– ral. Visivelmente emocionado, le– vantou-se Heliodoro de Brito, que pronunciou brilhante impr<:viso, re• lembrando fases vividas em épo• cas remotas e dizendo do seu jubilo em vertl'icar que os atuais acadê– micos tudo vêm fazenqo pelo ale– vantamento intelectual de nossa terra. Ao terminar, leu, debaixo de palmas da assistência, uma poesia de sua autoria escrita há poucos di,as e que será publü:ada na "Re• vista da Academia", a sair em fins do corrente mês. Duas Homenagens O presidente propôs salvas de palmas ao confrade Azevedo Ri– beiro, que dentro de breve segue para o Rio de Janeiro, onde assu– mirá sua cadeira no Senado da Re– pública , sendo portador de uma mensagem do Silogeu à Academia Brasileira de Letras, e à professora Maria Valmont, que se encontrava presente . Fez consignar em ata o~ votos de bôa viagem aos acadêmi– ~cs Azevedo Ribeiro e Macharlo Coêlho, sendo que este se destina ao Velho Mundo, levando uma ex– pressiva mensagem do nosse Silogeu 3. Academia Francesa de Letras. Tod,a,s as pr opostas foram aprova– das, tendo ainda o sr. Rodrigues Pinagé declamado nova poesia de sua lavra, em homenagem ao pro– fessorado local. Amazônia, celeiro do mundo O professor José M. H. Condurú, leu ,então, longa palestra intitu• Lada "Amazônia, celeiro do mun– Elo", prendendo a atenção do se– leto e nwneroso auditório pelo es• paço de quase duas h oras. A senhera Elmira Lima, também pronunciou algumas palavras so· Uma séde para a Academia Posta a palavra à disposição de quem de1a quizesse fazer uso, er– gueu-se o dr. Orlando Llma, te– cendo comentários sôbre a palestra de José Condurú. A seguir propôs que a Academia enviasse um oficio ao governo do Estado solicitando a doação da an tiga ~éde da Faculdade de Di– reito do Rarà, no Largo da Trin– dade, para nela ser instalada, em carat.er definitivo e permanente, a Academia de Letras do Pará. Es– tando presente à sessã o, o deputa– do Santana Marques, o dr. Or1:i.n– do Lima d isse: "que a Academia implorava fosse ele o intérprete de seus ar1seics junto à Assembléiu Legislat iva do Estado no sentido de ser conquistado o grande sonho dos imortais paraenses - ter a sua casa própria". A proposta do dr. Orlando Lima foi aceita por acla– mação, devendo o oficio ser assina– do por todos os aeadêmicos ,de mo– do a dar maior valor à justa as– piração dos cultores de nossas le– tras. A _palavra de Santana Marques Santana Marques fez uso da pa- 1avra. E disse que ali tinha ido pa– ra assistir à j ustissima homenagem que o Silogeu prestava a um dos seus mais destacados membros o dr. Heliodoro de Brito, a quem es– tava ligado por laços de uma ami– zade s '.ncera e profunda. Salien• tou que ia ofertar dentro de bre– ves dias, à Biblioteca da Academia três cantos da "Eneida", de Vir– gilio, traduzidcs por :Heliodero de B,rito. -Quanto ao apelo que lhe lançára o dr. Orlando Lima, declarou qua
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