Revista Bragantina - 1930 (n.3), 1931 (n.4-5), 1950 (n.6).

~ REVJS7A 'BRA GAN71/vA ' mesmo, incapacitando-o para a defeza de seus interesses. rancia, vive o povo entrrgue á miseria. Ademais os traços ethnographicos com nma..~e– terminante, pesadamente, rn– fluêm no desequilíbrio econo• mico de nossa organisar;ão política e social. . <<0 homem ha de preencher o seu destino na sociedade», Na phas-e émbryonaria· de nossa organisação socio-poli– tica bem difficil será ao homem grangear o~ fructos opimos de um estado de civilisação; bem diticil será; porque, elle pro· p)'io não comprehende a sua missão corno elemento que é no desenvolvimento, ou evo– lução propriamente dita, da soci!:ldade .que se debate ago– nisante na apertada esphera que o homem mesmo crcou; e a difficuldade augmenta, mais ainda, quando sem co – nhecer o térreno que vae pal– milhar, ae envereda pelas tor– tnosidacfos do estreito caminho de nosso estado ei;onomico que soffre as conseq uericias daquella. · Tolhidos pela analphabeti– sação, os 60 % de nosso povo, ernpresL11n ás localidaries ; de nascimento, o mais negro in– diffen•ntisino sem avaliar na ignorancia em que vivem o quanto são inuteis e perdu– larios. o" honwm ha de prerpcher o seu destino na sociodade quando, convenientemente apto, expurgar as doenças phi– sicas e moraes do seio exhaus• to e irreflectido dos aggregados sociaes. O caldeamento das diversas raças, dentro do qual oscilla o typo do brasileiro em. for– mação, foi amuralha que nos . cingio á ev.olução l~nta _e in.– certa ·de nossa nac10nal1dadé e que .vem retardar qualquer tentativa que se faça · para melhorar a situação das socie– dadf•s. To-do esforço deverá ser para~ · estfrpar do seio do nosso póvo e·sse grande mal- a ignoran– cia-que vem intoxicand.o o organis\no nacional, e, até . ,. A desogarnisação pplitic~ do paiz inteiro é bem a r~m1 - niscencia do historico perwdo do. Brasil selvagem. Na dosagmn de nossa pre– cedencia .elhnica, muito pre– dÓminaram os caracterPs do índio. Muito nos approxima– mos dos selvagPns que a tudo assistiam sem comprehem!Pr. E aos ritos da ci vilisação, (como ó primitivo índio ad– mirado dos santos rituaes da primeira missa r1\sada no Bra– sil) assistimos 1 com olhar1'.s desconfiados a evoluçào poh– tica dos outros povos . Ma~, apezar disso, não de– vem os governos. . e os que teem uma idéa mais ou menos perfeita de seus d.ireitos e deveres, cruzar os braços e assistir 0 desmoronamento do edifficio social. ·Devem agir, estudando os melhores meios de combater esse indifferentis– mo que se fixa profundamente lia consciencia estacionaria dos an~lphabetos, e que as_– phixia todos os .sentií11entos. D1·scurado da saúde e afun– dado na mais completa igno- A reação ha de se fazer, porém, tanto mais I e n \a, ~~ quanto menor a força empre• gada em combatel-o. Indubitavelmente que ao Governo, a suprema direcção de um povo politicamente or– ganisado, cumpre acautelar os inten•sses da communhão ge– ral. O Govçrno na sua effici– cncia não en'contra limites de acção e deve soccorrer tudo que venha i_ntl úenciar a vida i:iterna e externa da acção, como o legitim~épresentante da soberania nacional. Cuidar de nossa .instrucção e un1 dever que se impõe ao governo; é um lt>gitimo direito do povo; e descurar delta im– plica num quasi suicidio at:. tentatorio da dignidade naci9- hal. . O homem. que nãq esteja suf- ficientemente" instruido, não Os\\'.aldo N1:;wton Pacheco, distin ~-- ... poderá co;mprehender a sua to v1c~-pres1depte do . «CentroSq ,,..: tnissão socrnl e ha de se man- eia! Estudantino» e filho do nossD' ,<,+1t•"··1- • d d presado amigo coronel João C~uf:<'('.·· f:.t.r sen_ipre num perio o, e Pacheco e sua digna esposa; d\ ,, }1t1!1mahdade. Afastando o ho– Amelia Pacheco, que acaba de con- ; trnernf do.s, meios capazes de cluir o- cur;;o d0 _Collegio Miü-t~r-· sal:íi 1 ? de~~~ 1P'\riodo prU;nitivo do Ct:iará, on~e. bril_hantemept~; se · da h~mahid~-dl' a 0 ~0'aR1saç..,ão · d1stmgmo. , .:--, . ' ·' fb,~ , . , . ·~,, ·-.; _social será falha e cons~q_uen- Ul!l!IIIIUIIIJ"IIMIIIJl)J.1!1!1■•111,,111, H •nu,u 1,1 11• 111,;i, ,Hu,n,1, 111r•i~1i,11(,Hllllll!III~ ~ ., t~er~ 8 tará O E.s tad<J- 1 0 n ge n,1111,,1,1■,lll■llll■IIUll ~llllllUl~';'"'""'".'"'""'""M"":"~" •. .J i$j,Jl_r~:r:esso e da civilisação io f •• dó ~lido actual. : . '\ ·--- _,..,;. . 4 BOLIV-AB ·SILVA

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