Revista Bragantina - 1930 (n.3), 1931 (n.4-5), 1950 (n.6).
ORGÃO DO CENTRO SOCIAL ESTUDANTINO Director -- B0LIVAR BORDALLO DA SILVA ANNO III li Bragança, 7 de Je.neiro de 1930 · i NUM. III V . ~,;rn•1m:1 .1;11:1111 1':,1m.1m 11.1a.1;iu1tt1,in:11mm111111- - --- lllUlll:1:11•11:111111I111:i1JI!lllllllil:~, 1í'-~111111::lllllll:::lllllllllllllllllllllllllilllllllllilllli-n1 . • l ' ~ ~ ~ TLJ l.~ Yt awa ~ a ".l ~a ~ 4 · A mocidade brazi lei ra defi nha as- corpo, julgando-a indispensavel a todo i · pos, arrastada pêla i::orru·pção dos cos- infancia á sua cuitur_a para bem se ali- ~ ~ -, sustadoramente, nestes ultimos tem- o programma educativo que obrigue a r- r1 tumes que cada vez mais a vae comoellindo cercear as bases embrionarlas' dós pequenos · 1 • ~ (. para o abismo da degradação physica e moral. organismos a se desenvolverem sob a infl u- J . ~ Trata-se de um verdadeiro mal social cuja encia benefica de exercicios physicos grada- · ;=_· i endemia tem attingido todas as classes, polu- tivos e apropriados á -physiologia de cada um. _ i indo assim as energias vitaes do nosso povo . Propaguemos todas as boas ideas nesse ~ Urge, portanto. salval-a , reanimando-a por mistér ingente e sobretudo estimulemos o ~ meio do ensino educativo bem orientado e culto pela virilidade como um dos principaes ! · provocando em si o despertar <il.o brio da na- preceitos do resurgimento de nossa raca. ~ _ cionalidade. A seguir entremos então no campo da cul- i Porque havemos de ser um povo desfibra- @ tura moral e civica, campo mais vasto e mais i • , do e doentio ? fecundo onde se devem àlliar para a conse- 1 E' mistér Iuctar por um futuro melhor, cução do mesmo fim QS esforços do pae ex- ~ mais digno de nós mesmos, não só imitando tremoso e do mestre consciente do seu no- - a evolução progressiva dos outros povos bre sacerdocio. . cultos, como creando para esta mocidade, . Cuidemos da escola; tornando-a, como no que ora se arregimenta na formação da socie- dizer do immortal Ruy Barbosa', o prolonga– dade de amanhã, um methodo pedagogico pro- mento do lar; mas, bem entendido, -desse lar prio e compatível com a sua situação actual. honesto idealisado pela sua fecunda imagi- Um dos principaes segredos ·de todo o nação de estheta da moral civica. desenvolvimento progressivo é incontesta- Nadç1 ha mais significativo no seio de uma velmente a perseverança das vontades for- sociedade que progride do que o desenvol– tes e racionaes . Ha em tudo o que evolue vimento ethico da sua organização escolar, para melhor uma força especial que se as- dizia muito bem o saudoso mestre Carlos signal-à pelo resultado efficazmente obtido Nascimento. Educar não é apenas instruir, e que se chama vontade. Porem não é bas- pois que a instrucção desajudada dos precei– tante possuil-a, é preciso saber executai-a. tos educativos faculta ao neophyto uma habi– Executemol-a, pois, se a temos laborando !idade que só a educação poderá elevar á dentro de nós. categoria de uma virtude social. . _ - Primeiramente, a cultura physica deve ser ® O bom meio educativo desperta sempre no ~-- ! a base de nosso programma de reeducação. espírito perfeito a alegria de viver e o en- i Tratemos· do corpo para que o espirito possa thusjasmo por tudo qua_pto de nobre e tra-- i ~ desenvolver-se e produzir assim alguma cou- balhoso existe. A luc_ta ·estimula e transforma ;_ i sa estavel ou capaz, e teremos certamente principalmente como meio para attingir um ~ corporificada a bella formula lançada pelo direito, que é, na conc~pção moderna, a mais i ~ illustrado educacionista_ dr. Fernando de lidima conquista da intelligencia humana. =-- -! Azevedo, numa conferencia ·realizada, annos Enrigemos o corpo e formemos o coração --= ~ atraz, em S . Paulo , sobre o thema - (<Ü se.. que a mente será equilibrada. E' um dever i ~ gredo de Marathona»; «Um bello corpo. des- imperioso de todo o bom cidadão e tanto ;;;_~= 1 perta e forma uma bella alma.» Elle affirma mais nobre e tanto mais justo quanto mais ., t- a educação ph:ysica como factor primordial puder aproveitar a esses jovens rebentos, j ~ no desenvolvimento ou equilíbrio c,\a perfei- quer pelo exemplo, quer pelo conselho, obrei- ~ ção moral, formação do caracter e.hygiene do ros de úma Patria nova e redimida.+E. P . u1111111111111111II11~111I111II1I1111mI1·I1111111111IItllllllllilll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllfllllll========= ====1111111111111111111111111111111111;1111111111111111111111111111111111111111:111111111:11:1:111111111111u11111n1, . J
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