Revista Bragantina - 1930 (n.3), 1931 (n.4-5), 1950 (n.6).
REVISTA BRA GANTINA il·····:·:···························.·········································· ··············:· ··.·... ~ ·Manhã bragantina ~~>"@) Alvore ~era ... Surgir;. o sol, rPsplanderPn- 1.e, cerea<lo d e nu vens roseas, l'Ubras e doirndaH. Um c:onju:iet.o de n11\;e11s de variegadas eôrei, forrnamlo uma. aureola magPificente ao astro rei. no& encnnta e extasia. · A t. erra_ rt::r:ebe11c\o es~r>s raios reconfortadores, innun·– <lando se de lnz vivificant.p e fortilisackira, in11uIHla-se t.ambern de alt>gria \J_va e sã, e a com– mu nica a: todos os seres Ja na- 1 uresa. Além, na opulerwia rle srn viço s;,icodt>m-se, ao sop1·0 ela bri- 11a matinal, as gigantnca~ i,r– vores ·,le copas verd,ja11tes ccmo a formarem ume~me1aldi110 manto ondulante e dist1cuJ1do sobre a tena. Os passaras, es~es peqm·ni– nos seres in11oce11tes, crea<los tal • vez pa.ra nos darem o exemplo da bondade pare<:e que se sen• tem felizes, eheio~ d e a legrii:t, ao divisar.e,~. no l101·isonte a ve1·– mdhado. ,os primeirns raios d9 sol. B sn!t,ita ndo nos ramos das an·ores an;igas onde pa;c,~ente– mente construiram ·seus mnhos, e modulando ' gorgeim; que são hymnoi> de saudação ao CrPador, felizes, porque não conhecem as ambições, vôam, e vão, alegre– mente em busca dos alimentos. 1 * . * * Não devemos ficar indiffo- rentes ao contemplarmos o bel– lo quadro que nos offerece a unturesa, pois,ao cont,emplarmos ha de reviver em nós a a.legri11., pela vida. E o manto verde;· <listendido sobre a tena, esten– der•se•á tambem sobre os nossos · corações: 6 a esperança que re– s urgirá em nós com o u.o !!oi fe1·tilissdor de nossa vida. DIVA Visões de amo,i- :,,,.~_._._._. - ·::::.~:··· ------ Qua11do pr·n~o 11 n rf'inn rlp tens t11eantos fico sci~1Ha11llo e ao mesmo tempo entrist t ç., por estar Juuge de t.1·u>1 olh<:1<. Não qnr·rn p,•n~,11' Plll eou~11s tristrs, porque, o amJr i n ..lo venr:e .. Qu ;-,. IJ;,J\a pagina dr: gl,ma! Mu:to pt,cic, 'llll'lfl a;1ll! Não e,qnrças ,Ir• miii1. pol'-· que. q11a11du pPl!Hü em t.i, 1.t'Hho recurdaçõe8 ,lo passarlo. ,.. 11 a minha paixão, nijo <, pas8'auo que re,h·e. C1 ê... l'>p,·r.1 ... O ~ih•rwiii é sonho que 11ãr, dorme, e m ,t'US so11hos Hão vi~õn;. Se pa rtfre., e!n q,w dtisola– mer>ro não deix,1rás 111inr.',,lma·: Sin:o qne S!· nw tlesprt111cle "i:-;– pirito da rnatPria 1111111a afih,ão imn1, 11~a e desespPrncl<,•·a'. E mf iPmorç, qnc· ~.1p:•11as a alguns mom e n t os :nen1studo meu ... Qui7. r, destino semprP irnni– ::co e cruel s~pa,ar-no~ t.amL,•1-11 qnánd,,. f'Pliz e a111parado uesse . amor,lrilhava o r·arr.i11hu da ven• tura. Tn. nos teu-. olhos claros. ja sonhaste iilgnma vez com a ft-li– c·ida<le '?,....]<~ que Slo'Dt.i~te quando despertasie dess0 Honho '( Dôr,.. desvairo ... agoui a talvez .. Assim fui eu; flui num só momento todo o meu a n helo, e, ainda, no t,urbithão da vida, pro– curo essa visão exeelsa que é toda a compleição do peusa- • iIJeuto me,u. Ainda tenho na rEtin a o instante supremo em que te vi. Crê... Espera ... O silencio é sonho qu~ não dorme, e meus sonho3 são visões... OROHID.ÉA SONHO ...... --:..:=-- ~ Ao l:Jolfrqr ,':Jilrrl Dormia ... :E na i11noc1:ncia de llrn fagueiro ,;onho avistei a·o lorq;,• um a e11uanta<l0ra prnia . Approximei •me. De perto cn11 - t,\t11plei :.1. 1-;na bellesa e os seu!! euc•;:;nlos. Est ,i.vi , o mar agitado e as 011r!as frenwnte,. cnlcv,dail pelo !nar ' p1a· t·r.ndo, envaidecidas p,•lo olhar da ·1ua que lhe8 fi '– tava. t •levavam.se numa agita- 1';1.,, Pon~ta ntf', da ndÓ· me a im– prPssão d e um a. maravilha do ,:en. FitPi o firmamrnt-o e as es– trella;: ({Ut' b1ilhava1u. A ll'lt.Urt-'sa c·asta q u e me <'er(·:;i\'a l' me exla,iava. ao me1:1- n.,,1 ten,po 1ne i11spirava Fé. ~Tas , ~e11lia•11tt' só. alhPia a t, anta u-i:111d,•;.a ! NãP me pu:ie cont.er: ~ontrida ajodhei-me P, c:om ci's 0lhos· fit.os parn Ó céu, implo!'ei ao Divino Senhor qne me envii\s– ;;e nma alma irmã da minha, h,at P .-·ompanhcirn ... A !'ervo10sa prt->ce foi ac(~,~i– ta . E uma altua q11erida acou- 1:hegr,u-se a mim. Num exlase se M ti a felicidade resvalar-s,e n u m sorr;~o Senti-me forte _e d1eia •tfe venturas. Admira11ws jnntos ·os e11eary– t.os ela Naturesa e, embevecidos em sua grandesa. sorria1u_os . . Tudo 'agor.a r ~ à alegria, e conte11tamenlo á. , minha puLre alma... --E pela ja nella do 1neu qua1·– to um jacto dt luz, argentea, da. ·. lua que caminhava na vastidão do ceu, foz-me despertar; e como qne ai,,da a sonhar ouvi longe, muito longe, o ma.rulhar d as aguaQ beijando a areia bra,wa, muito branca, de 't\ m a praia encanta.dora ... MARY..SA ·l .•'
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