Revista Bragantina - 1930 (n.3), 1931 (n.4-5), 1950 (n.6).

REVISTA BRAGA·NTINA ~ Do repertorio ---------------~ de um pescador Os incon-ç-enientes da aviação Em conven;11, um Jia, com um velho pescador, perguutei-lhe: •1·rouxe, o senhor. muito peixe para vender:'" O velho um tanto triste e indignado diiase-me l'n.t res– posta:- "Seu moço ouça bem o que l-U ve;u lhe dizer. - Essa J1i~toria dd ave-acçã que todas as se– gnndas-f'e1rae pa~sa lá pe- la minha praia fazendo um vaaçada damnado , só snve para eseang:ilhar o serviço dos outro~ " Interessando-me,ai nda perguutei ao v e Ih ü hÓ– lllem do mar a causa d<'s– s1ts suas palúvra~ chf•ias de indignllção, ao que elle me respondeu- Olhe. um d ia, eu e o compadre Ch:– co, e dois fdhos dell1< es– ta vRmos fazendo uma pes– caria na bocca do ga. apé <lo •·r'undão" qn e estron– dava de peixe quando ou– "·imos uma barulhada dos nff•rnos para os lados tio nrr; e eu nem lh e conto HU moço. era um gaviã,1 monstro que viulia d,re1- 10 a nós, voando ba 1xi– ·11ho, baixinho, quas1 se banhando nas aguas in– capelladas do oceano. E mal eu tive tempo de olhar p'ra meu compadrE' e jil o bicha avoava por cima de nós e se ia su– mindo pelas nu'l'en~." vimos nem filho de peixe, pois o mald1cto do bicho avaudor tinha es– pantado toJo o cardume que suhia o gurapé. Nesse dia todo o nol:!SO trabalho foi perdido. E desde esse tempo p'ra ci~, seu moço, os peixe estão vusqueiros e ari..cos que mal chegam p'ra nossa boia· "Agora eu quer0 lhe 1.1ssumplar:– a quem PU devo me queixai· contra o dono dessa ave-acção.'!!"!. Disse-me ainda o velho pesca– dor qu., pr<'te11dia rPsponsabilisar a empresa de trau;;porte aereo pelas perdas e damnos que tem soffricio Mãe! Escreves em todolll os tempos o potima . doloroso d o Amor. --Poema de dor, de lagri– mi.!I, de sangue ... É por este poema et.. rno que eternamente aEC!~deri1 aos ceus! Mãt ! u:n devaneio de so– nhos, suspiros, anceios, para emfim soffrer. Que importa ser o fru,~to de tuas entra– uha.s o mais a bjecto, o mais virulento ser, se o teu amor c11ga.-tc para purificai-o? Mãe -- sublimiJade terrena! Concentras todo teu amor. prndigrilisas todo teu carinho no ente que r.e ron b r,u parrellas de t.u a vida, mais que di– ,.es tt'r liie rlarlo u;na 1 >orção de ti mei,ma.. Sim, dás a elle, no mai:1 suprewo momento de t.ua vida o quede mais rspiri tu al pos5ues--Leu amor! Um dos t.rf 'chos mais pi ttore~cos da rodo vi a "Cas, i– lho de França" no km. 3 conherido pelo no– me de "Ladeira do )::..r1ge nho" E. .. tah·ez es~e filho em q11e vês reflecti<las venturas, lleroismo, glo– ria, renou12, s<"ja aquel– le que, mais ta1de, te faça verter la11;rimas, te "Um pouco atordoado ainda, tornei olhar p'ra !TPll campaclrP qne dizifl c'a bocca aberta--oh bicho véio danmudo. Ficamos um mstantinho sem saber o que se fizessE>, quando --==-------------------------------------- faça ese a brosa a traje– e11 gritPi p'rn se puxar a rêde da no8sa pescaria; e puxa111os, puxa– 'mos, puxamos e uessa arrastada não Sapa.t~"l.ria no exercicio habitual de seu traba– lho honesto · B. 1'.!foclern.a iilE W. CARDOSO Esta casa con\•ida as exmas. familia-; para fazerem um!l visit'l e verificar o seu grande •~tock• <le calçado"! àa ultima moda e outros artigos coroo sPjam : -MElAS de iaéda P 1tlgod.ão , CHAPEOS e miu- . dezas a preços excepcionaes ! ! ! Rua Visconde de Souzn Franco-Hrag-anc:a ·c t or ia de teu viver. te faça iscffrer o m ai s amargo dos UPsenga nos, te fuça dila– cerar o coração em busca de teu ultimo repouso--a sepul- tura ... Mas, ainda a II sim, por maior que seja a ingrat1rlã.o de um filho, dl~, a.o morrer ha de ver ;.os srus pés uma. mulher que quer morrer por ellti: é sua mãe. Julüi Moreno

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