REVISTA ACADÊMICA. Belém: UFPA, 1920. 57 p.

)Vlono1ogo de Othelto Dentro el a 111or que abrasa Fu d a lú noche /i·fo . .. de Bum.<~N DARIO. Eila, em quem p ensará? Junto á JaneJJa abe rta pato; fito os vitraes; erma, ª sala deserta ... Dorme~ talvez; talvez desperte amando e ouvindo a minha voz, talvez; e quem sabe, sentindo todo o meu coração palpitando por Ella, reconheçaôme a voz e appareça á janella, trazendo á noite fria o calor do seu leito ... Elh sonha, talvez; pu!~a -lhe, brnndo, o peito; arfa o seio, e o lençol que a envolve toda, ondeia · de manso; as 1 )ira a noite embalsamada e cheia de aronia er.1 'ftôr descança o corpo; Pntreabre o olh'.11 ...ara a amplidão; pelos vitraes, desliza o Luar sobre Ella. ?ensa em mim? Pensará que lá fóra alguem a aguarda como a Terra aguarda a auron:, para vêr-s«· florir àa primavera em gala? Sonha, dorme ta 1vez; corno é muda esta sala ! Nem o fraco rumor do cortinado, anciando por ver, que dentro etn si, alguem dorme, sonhand,c.. E Ella, em que rn pensará'? Faz-lhe roda o desejo; sinto no seu 0lhar e em seus labios eu vejo a ê.oce ten taçr'ta rond:Jr-]he a bocca anciosa. Os seus lahios lhe são como uma grand-: rosa ==- 37 -

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