REVISTA ACADÊMICA. Belém: UFPA, 1920. 57 p.

-esforço, para 1·elevar e -perdoar a ind1seiplina, amol1ece o ear&.– •der, anniquilla os estimulos, transtorna uma. vida inteira, que ,·una energia sa1utur teria encaminl:ado. Não sei como se ha de exigir do adulto o rnspeito á lei :;e lhe nã.o ensinarem a ·respeitar na escola o regulamento e a -0rdem. Diste Joaquim Nahnco qu" os filhos dos pescadores sen– tiriam sempre -debaixo -dcs pés o roçar das a1· ei.as e ouviriam o ruido das vagas; elle proprio, que se creou num engenho, con– fes-:a que .acreditava. pol' vezes pisar a espessa camada de can·· 1ias que o ~ercava, e escutar o rangido longínquo dos grandes earros de bois. O cidadã.o guardará sempre como um traço in– dellevel, esculpido no fundo da memoria, concitando-o eterna– mente á desobedienda e ao desrespeito, a recordação do mestre quA elle de:;acatava, ou, o que <é-0 mesmo, não l he sabia impor .a. auctoridade A o estado. Esta neeessi<lade imperiosa de uma disciplina bem orien- 1:ada que norteie ,as intelligencias numa severa remodelação do ,ensino, eliminando os ineptos e chamando os capazes á cons– -ciencías das suas responsabilidades, ê mais premente nos gym– nasios e lyceus, que franqueiam o acc.:esso aos cursos superio- , ~·es e, dahi, á direcção dos negocios publicos, formando as elas· ~€,s elevadas do paiz, ma.is avassaladora ainda nas escolas nor– maes, de onde saem Bquelles ,que em contacto directo com o 1 iovo, plasmando-füe a alma iuculta e rebelde 1 irão levar-lhe -,~om a palavra a instr 1 :1cção primaría; as noções essenciaes de amor á patrfa ,e ao d.evm.·i <le respeito 20s poderes constituidos\ ,com o exemplo, (Conlinúa}

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