Revista Sociedade de Estudos Paraense Out a Dez de 1894
193 gentio, di gno de ser assi stido ele Missionario, e lambem me per– suado que es la gentilidade descende ela que se tirou com o Vngua, como adiante se dirá, pois este mesmo rio descende do Cusco, e o que segue, entre os quaes se conjecluram repartidos. A' quatorze lcgoas da bocca deste rio está a ulti!na povoação da dilatada provín cia dos Aguás, ou Omaguás, que acaba com uma grande aldeia 011 poYoação, tJue é como sua primeira fortal eza com que resiste ao ím peto de seos contrarios, dos quaes em espaço de 50 legoas nenhuns pornam as !'ibeiras deste rio, de so rte que os que navegam não tem á vi sta suas lancharias, mas algum tanto retiraclus ao inte1for ela t erra firm e. Es tes são os Coris e Goayrabas pela parte do norte, e pela parte do s ul os Cachiguaranas e Tu– curis, uns e oulros s ituados por peq uenos braços do rio, aonde saem a bus car o ele qne necessit::im para a vida humana, e a inda qu e não pod emos clar vi s fas a certas nações, a demos á bocca de um ri o qu€ entra n es te ele que foliamos, cm cin co gráos ele altnra e 26 Jcgoas da ultima povoação cios i\ guás, ao qual rio chamam os naluraes- Juruá-, e nós lh e pod emos dar o nome cle-Cusco-, pois conforme uma relaçiío que Yi el e Francisco de Orelhana des ta naYeg·açrw, es tá norte sul com a rn esma cidade de Cusco. E' muit.o p oYoado el e gentio pela part e direita , entrando por ell e acima, o qual gentio é o que já di sse, habitava as ribeiras ele Jetaü, e se es tende en tre as ribeiras ele um e outro rio com Ilha, e mais abaixo d est e rio é por onde saio P edro de Orsua, elo P ení., conforme as noticias el e entrada . Vinte e oulo lcg·oas mais a baixo elo rio Juruá pela mesma bancl a elo sul e em tenas muito altas prin cipi a a grande naçrt0 dos Curi ciraris, qu e seguindo sempre uma parte do rio, corre por es1 aço de ou tenta Iegoas. São tanlas as suas povoações que apenas se passa quatro horas sempre se Yejam outras de novo , aincla que ás vezes por espaço ele meio clia deix:wamos de ver suas lan– ch arias. Des ta · as m ais achavamos sem gente, porque com falso rurr,or el e qu e ,·inh amos des tru indo, matando e cartivando gente, quas i totlos se tinham retirado aos montes , e porqu e ele seo natura l s iio mai s esquivos qu e outros des te rio; sendo que não mos tram menos governo e polüica conforme o que presenci amos , não só pelos muitos manlimcntos de que cs taYam prcYcniclos como pelas alfaias el e s uas casas, que para o b ene fi cio elas cousas tocantes a vida hu– man a eram os melhores el e todo o rio.
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