Revista Sociedade de Estudos Paraense Out a Dez de 1894

177 com outras rnnllt eres ele quem se mos trarnm affeiçoados, prepa– rando com snas proprias mãos o co1weniente leito. Ka ,elhi ce, desprezadas pelos homens, reques tavam os meni– nos, a quem ensinavam a malí cia nos matos, para onde os con<lu– ziam sob qualquer falso pretexto. Na cere rnonia dos sacriflcios re– presenlarnm o tri ste papel de furias infernacs, espatifando com in– crivel crueldade os corpos elas victimas irnmolaelas, como já o re– ferimos. N'essa carniça humana ninguem as exced ia. Quem as viu, affirma qu e parec iam harpias esfa imadas diante ele cadaveres inse– pultos. Eram cm geral ela obrigação especial das mulheres certos e determinados servi ços elomesti cos e do campo. Faziam as macas d e dormir,-arranj arnm as com idas e hcberagens,-fhbricavarn as louças de barro,-lavravarn a lerra,-capinaYam as roças,-acom– panhan1m e ajuclaYam os maridos nos combales. Tambem lh es pertencia. adornai-os para . as festas e crear os filhos p.a.ra as guerras. Os seus partos eram fc ilos sem auxilio de ninguem , á beira ele a lgum rio ou fonte, onde a parturiente se lançava com o filho logo que es te nascia. E julgando-se depois disto livre ele perigo, voltava muito lep id a para a choupana <~ aprcscnlaYa o recem-nasc ido ao marido que, Pm acto cont.inuo, depois de achatar o nariz da crcança com o dedo pol 8gar, esp ichava-se na s ua maca e embrulhava-se bem. para nüo receber nenhum ramo d'ar que o molestasse. K'cs tc suado r forçado o pai permanecia emquan to não sarava. o .umbigo do filho, e não podia. ergue r-se, nem trabalhar, sob pena., ele perder o fructo elos seus amores e ser doente da barriga. Era uma crença geral ela. tribu, que ninguem consegu iria desarraigar, se o quizesse. Acreditavam que os filhos sabiam dos lombos paternos, ni\o sendo as mães mais que depositarias elas semen tes ge rminado– ras ri as creanças. Os parentes e amigos Yinham visital-o no seu burlesco resga.rdo de pal'to, e ti'az iarn - lh e mimos de ·frutas, el e ali– mentos e beb idas, A mulher cobria-o de afagos, e o patusco sabo– reaYa o ocio da sua original posição, agra.él cccndo talvez com riso mali eioso a fé dos simplorios que acreditavam na sua ridi cula par– turição. Admittiam a polygamia. As mulheres eram pouco prolific:is, naturalmente por se casa– rem cm idade muito ten ra, e pareciam estranhas ao pudor. Casa– rlas, solt~iras, velhas e moças não senti am-se envergonh ada::, 1c sua nudez, nem elos ·cfl'e itos de seus encommoélos rnensaes: n 'um · bordrto que sempre tinham junto de si, limpavam-se á vista de quem quer que fosse. Eram r cpulsirns em certos habitas que tinham. Quando se catavam, tiravam os pi olhos e os trincavam, declarando

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