Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação
PAGINA 7 apresentei alguns dados inéditos no t o– cante à fundação de Francisco Caldeira, baseado em documento ainda inexplora– do pelos donos da nossa história . Reve– lei que o 1. 0 Gapitão-mór do Pará Fran– cisco de Castelo Branco (e não Francisco Rosa, como erroneamente pretendem a l– guns manuais escolares) de3fraldou a& velas de suas três embarcações do forte de S . Felipe pela manhã de 25 de de– zembro. Até então, sabia-se tão somente que êle partira do Maranhão na data acima indicada. Ora, assim sendo, o primeiro dia de sua viagem terminada impreterivelmen– te às 12 horas de 25, é lógico, dado o sis– tema de contagem da singradura ma– rítima. Neste ponto de mais realce para a interessant'issima questão, os olhares inquisitoriais dos investigadores da gen– te d'algo, de Sabugosa, não atingiram até o momento, se o primeiro conquis– tador e fundador das terras do Grão-Pará aportou à enseada da ponta mais alta da b-a:.a de Gua jará pela manhã ou à tarde. Permanecem no embuço da.s trevas. Quando levantarem o véu do misté– rio, podem en t ão sem laborar em êrro determina r a data exata da fundação do primitivo núcleo de civiliz-açã.o do torrão paraense. Se o capitão-mór Francisco Galdeira de Castelo Branco naqueles idos de 1616, tiver chegado pela manhã, a data de fundaçã o será a 11 de janeiro; se tiver chegado à tarde, isto é, após o meio dia a data de fundação deverá ser comemo– rada a 12 de janeiro. Sem entrar em discussões ou preten– der reacender o facho das controversias parece-nos que o aissunto, exposto de maneira singela e despretenciosa, fica bem elucidado. O leitor tirará as conclusões, ado– t-ando um expediente natural, lógico, racional. Que mal haverá feito João Capis– trano de Abreu àqueles que semearam os conceitos flagrantemente injustos a respeito da estrutura do caráter do mes– tre dos mestres "envolvido na claridade etérea da imortalid-ade" ? l======P= s=i=· c=a=n á li se d a 'T e=i=m=o=s=i=·a======'! 1 E. MIRA Y LOPES 1 O próprio têrmo cabeça - dura define os que o merecem ,ou seja, são duros de cabeça e, em conseqüência, só podem vangloriar-se de 15.er Ulil t anto semieJ.han,.., tes às estátuas. Mias o certo é que, por ingenuidade ou por a.' túdia, são muitos os teimosos que se jactam de o iserem e atribuem-se, qualidades ,que de· umia m a– neira .superficial podem confundir-se com seu defeito . Arnim se intitulam pru– suidores de "um.a grande fôrça de vontade", de uma grande "ináepedência çte pensamento", ou de uma extraordinária "firmeza de convicções", o que, à p·r.i,– meira vilsta, seriam, sem dúvida, aptidões elogiáveis. Será ;bom, portanto, que apliquemos a lente anal'ítica às notivações maLc; fre– qüentes da conduta teim.osa para ver se assim dividimos os campos· ~ damos a e.ada qual o seu, daixando os teimolsos sem esta escusa e ao mesmo tempo dando– lhes recursos para ser mais dóceis, com o que muito ganharão em sua vida e muito facilitarão tam,bém a dos outros . Rsiooiõgicamente falando, teimoso é aquêle que, diante de uma situação pe– rante a qual suas reações habituais fracassam, persiste rigidamente em repe ti-las sem tentar outras, nem tampouco aproveitar as insinuações, conselhos ou exem..' plos dos que o rodeiam a ifdm de evitar novos fracassos. Se o velho aforisma afir– ma que "errar é hlllilano, m~s, não persistir no êrro", a pessoa teimosa não é
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0